Governo de Minas fecha acordo com a Vale para reparar danos em Brumadinho

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Vale deverá pagar pelos danos socioeconômicos e socioambientais causados pelo rompimento da barragem (Moisés Teodoro/BHAZ)

Após negar que havia finalizado as negociações com a Vale a respeito das reparações em Brumadinho, o Governo de Minas Gerais anunciou, nesta quarta-feira (3), que foi possível realizar um acordo. O governo mineiro definiu os termos financeiros para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão. O procurador-geral Jarbas Soares Junior, chefe do MPMG (Ministério Público de Minas), também confirmou que o acordo deverá ser assinado amanhã.

Segundo o Governo de Minas Gerais, Ministério Público, Ministério Público Federal e Defensoria Pública de Minas Gerais, o acordo ocorreu na manhã de hoje. As Medidas de Reparação serão aplicadas aos danos socioeconômicos e socioambientais decorrentes do rompimento da barragem.

A reparação financeira não interferirá em ações de indenização e danos individuais, bem como em ações criminais. Além disso, o reparo ambiental integral não possuirá teto financeiro. Uma audiência está marcada para esta quinta-feira (4), para ajustes finais e uma possível assinatura do Termo de Reparação. Os investimentos deverão ser destinados, especialmente, às regiões atingidas e sua população.

No Twitter, o procurador-geral Jarbas Soares Junior disse que a negociação é a maior da história e corresponde à casa dos bilhões. Apesar disso, nenhum valor foi divulgado até o momento.

Confira a nota do Governo de Minas na íntegra

O Governo de Minas, o Ministério Público de Minas Gerais, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública de Minas Gerais informam que foi possível definir, em tratativas realizadas nas últimas horas, os termos financeiros para as Medidas de Reparação aos danos socioeconômicos e socioambientais causados pelo rompimento da Barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho. As Medidas de Reparação tratam dos danos coletivos à sociedade e ao Estado, sem interferir em ações sobre indenizações e danos individuais, assim como em ações criminais. Já a reparação socioambiental integral não possui teto financeiro. Foi marcada audiência para a próxima quinta-feira (4/2) para entendimentos finais e possível assinatura do Termo de Reparação, com investimentos e ações com foco nas regiões atingidas e sua população.

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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