Collor assessora Bolsonaro em temas econômicos: ‘Nos deu sugestões’

Bolsonaro
O ex-presidente Fernando Collor também estava presente no lançamento da nova plataforma digital do governo (Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acolheu sugestões do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PROS) em assuntos econômicos. Segundo o próprio Bolsonaro, as opiniões do alagoano foram recebidas em reunião ontem (8) com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A pauta do encontro foi o aumento do preço da gasolina.

O chefe do Executivo revelou a informação durante o lançamento do portal Participa + Brasil, nessa segunda-feira (8). A nova plataforma digital, de acordo com o governo federal, tem como propósito promover e qualificar o processo de participação social, potencializar a transparência no processo de tomada de decisões dos órgãos e fortalecer a cidadania.

Em um momento do discurso, o presidente da República se dirigiu a Collor, que estava presente no palco. “Ninguém tem, presidente Collor, o que nós temos, ninguém tem, nós temos tudo para sermos uma grande nação”, disse.

Depois, o presidente voltou a se dirigir ao senador de Alagoas, dessa vez revelando a participação dele na última reunião. “Como hoje estávamos reunidos aqui com a equipe econômica do Paulo Guedes vendo a condição do impacto desse novo reajuste do combustível o qual nós não temos como interferir e não pensamos em interferir na Petrobras e apareceu o senhor Fernando Collor ali para tratar de outro assunto em outro local, convocamos para a reunião”, justificou.

Bolsonaro ao lado da primeira dama, do vice e de Collor (Alan Santos/PR)

Bolsonaro disse que as sugestões de Collor na reunião sobre o aumento da gasolina contribuíram para as decisões. “Ele participou de grande parte da mesma e nos deu sugestões, sugestões bem vindas e acolhidas por nós e dessa forma nós vamos governando”.

Legislativo

No lançamento, no Palácio do Planalto, estavam presentes, além do presidente e o ex-presidente Fernando Collor, a primeira-dama, o novo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM), o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), o chefe da Casa Civil, Braga Neto, além de outras autoridades.

No discurso, Bolsonaro também se referiu aos dois novos presidentes do Legislativo. “Agradeço o trabalho de vocês, bem como essas seletas pessoas que nós temos aqui a frente eu queria saudar primeiro o novo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, deseja-lhe boa sorte, felicidades, pedir a Deus que o oriente, parte também por vezes aquele ânimo, aquela vontade nossa de querer resolver rapidamente as coisas”.

“O seu trabalho que é a continuidade do Davi Alcolumbre do qual eu tenho o prazer de citar como uma pessoa que nos ajudou muito no Senado Federal e no Congresso, o Brasil andou”, disse o presidente.

Ao presidente da Câmara dos Deputados, referiu-se como “velho colega”. “Saudar o  Arthur Lira o meu velho colega de Partido Progressista, ficamos talvez por 12 anos juntos, ou 16, sou mais antigo que vocês, não esqueçam disso, cheguei lá em 91”.

“Também desejar-lhe boa sorte, cumprimentá-lo pelas notícias que estou tendo de você já começar a trabalhar numa pauta que possa realmente destravar o Brasil, nos alavancar realmente para um mundo diferente”, afirmou.

Na sequência, o presidente se referiu ao Executivo e ao novo Legislativo como um só poder, apesar do princípio de separação dos poderes para fins de fiscalização. “Vocês dois fazem parte juntamente comigo no Executivo, dizem, dizem não que os poderes são independentes mas nós Executivo e Legislativo trabalhamos realmente afinados como se fossem um só Poder”.

Quando se referiu a aprovação de pautas, não falou sobre a possibilidade de pautas do Executivo sendo rejeitadas pelo Legislativo. “O que vocês, o que os senhores fazem lá eu chancelo aqui, o que eu proponho aos senhores vocês aprovam ou aperfeiçoam e nós juntos buscamos traduzir o nosso trabalho em felicidade para a nossa população”.

Bolsonaro ainda se referiu à pandemia e crise econômica. “Juntos nós podemos sim dar esperança a esse povo eles merecem realmente um Brasil melhor não possamos esquecer como alguns esquecem, poucos que estamos vivendo ainda uma pandemia que deu uma desajustada na economia”.

Por fim, falou sobre a possibilidade, negada por ele antes, de um novo auxílio emergencial. “Estamos negociando com o Ônix Lorenzoni, Paulo Guedes, Marinho entre outros a questão de um auxílio ao nosso povo que está ainda numa situação bastante complicada”.

Edição: Roberth Costa

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