Mãe acusada de matar a filha de 1 ano é encontrada morta na prisão

Jennifer Natália e Ísis Helena
Para o advogado de Jennifer Natália, ainda é cedo para confirmar a suspeita de suicídio (Reprodução/EPTV)

Jennifer Natália Pedro, acusada de matar sua filha Ísis Helena no ano passado, foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo, nessa segunda-feira (22). Informações preliminares indicam que a mulher de 26 anos teria cometido suicídio, mas o advogado dela afirma que ainda é cedo para confirmar a causa da morte.

A mulher estava presa desde abril de 2020, quando confessou que Ísis Helena, de 1 ano e 10 meses, estava morta. No mesmo mês, ela foi indiciada por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e por ocultação de cadáver. No dia 5 de fevereiro, foi decidido que o caso iria a júri popular, mas o julgamento ainda não tinha data definida.

Ao BHAZ, o advogado dela, William César Pinto de Oliveira, confirmou que Jennifer Natália foi encontrada na cela ontem, com um lençol amarrado em volta do pescoço. De acordo com ele, ela chegou a ser socorrida ainda com vida, mas não resistiu e morreu.

‘É cedo para dizer’

Para o advogado, ainda não é possível confirmar que Jennifer tenha tirado a própria vida. Nesta terça-feira (23), ele esteve no IML (Instituto Médico-Legal) de Taubaté para acompanhar os processos que serão necessários para confirmar a causa da morte.

“Ainda precisamos de outros exames e laudos. As informações são muito vagas: sabemos que ela foi encontrada com um lençol no pescoço, mas ela foi encontrada deitada, sentada, pendurada? Por ela ter sido socorrida, o local não foi preservado, então ainda faltam informações indispensáveis”, afirma o advogado ao BHAZ.

“Por cautela, prefiro aguardar as perícias e as investigações mais profundas para chegar a uma conclusão sobre a causa da morte. Com as informações que temos agora, ainda é cedo para dizer”, completa.

O caso

A pequena Ísis Helena desapareceu no dia 2 de março, em Itapira, São Paulo. Desde então, a mãe afirmava que havia saído de casa pela manhã e deixado a filha dormindo com o avô. Ela disse que a família desconfia que o homem sofre de Alzheimer. Jennifer afirmava à polícia que, ao voltar para casa, notou que a porta estava aberta e que a criança havia desaparecido.

Buscas foram realizadas por equipes da Polícia Civil, com auxílio de um cão farejador. Em novo depoimento à polícia, em abril, ela contou que a filha estava doente e com febre na noite anterior, e que deu mamadeira e colocou a criança para dormir de barriga para cima. No dia seguinte, ela percebeu que a criança havia se asfixiado e morrido.

Quando confessou que a filha estava morta, Jennifer Natália afirmou que teria jogado o corpo da criança em um rio. As autoridades fizeram buscas no local, mas o corpo não foi encontrado. Em um novo depoimento, ela deu uma nova versão e disse que enterrou o corpo da filha.

Ainda em abril, a Polícia Civil confirmou que encontrou o corpo da criança enterrado em uma área do bairro Duas Pontes, em Itapira. Ele foi sepultado no cemitério da cidade, no mesmo dia em que foi encontrado, depois de uma cerimônia reservada que reuniu o pai, a avó e outros parentes de Ísis Helena.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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