O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi o entrevistado de ontem (22) no Flow Podcast. Nas quase quatro horas de atração, um dos temas abordados foi a pandemia do novo coronavírus e o enfrentamento da doença no país. Em um dos momentos, o youtuber Monark chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “burro” na frente do filho dele.
Monark questionava o fato do presidente ter promovido aglomerações em praias e desestimulado o uso da máscara como forma de prevenção à Covid-19. “Uma coisa é ir pra praia sem máscara, outra coisa é você convocar uma aglomeração sem máscara”, disse o apresentador. Eduardo Bolsonaro o interrompeu dizendo que o presidente não faz isso e explicou que a aglomeração se dá pelo fato do cargo ocupado pelo pai dele.
“Onde o presidente chega ele é atração. Ele obriga alguém a ir lá? Ele bota a arma na cabeça: ‘Meu irmão você precisa chegar lá”, argumentou. No desenrolar da conversa o parlamentar afirmou que Bolsonaro não usa máscara pois já teve Covid-19 e afirmou não confiar nos efeitos da proteção. “Esse negócio de máscara é para inglês ver. Uma sociedade assustada aceita qualquer coisa, até toque de recolher de Guarda Municipal desarmada”.
As decisões tomadas por governadores e prefeitos de fechar comércios para controlar a pandemia também foram lembradas e neste ponto que Monark chamou o presidente de “burro”. “Bolsonaro podia ter sido muito mais inteligente na forma como ele se comunica”. “Não tem como”, falou o filho. “Tem sim, ele só é burro e não consegue”, disparou. “Ele é um cara que não é burro, é inteligente e foi eleito desta maneira”, defendeu o parlamentar.
Vacinas
Monark continuou criticando o presidente, mas desta vez com relação à imunização no país. “Está uma corrida para as vacinas. É óbvio que o país que imunizar todo mundo primeiro sai ganhando na economia”, disse. Eduardo Bolsonaro apresentou ações do governo federal para a vacinação e ressaltou que as pessoas querem obrigar o pai dele a se vacinar.
“Se o presidente da República fosse exemplo, era para termos uma sociedade cachaceira. Você vai tomar ou deixar de tomar a vacina por que o presidente não tomou?”, indagou concluindo que o Brasil é um dos melhores países na imunização.
Segundo o consórcio de veículos de imprensa, até ontem 5.982.640 pessoas receberam a primeira dose do imunizante. O número representa 2,83% da população. A segunda, por sua vez, foi aplicada em 1.269.005 pessoas, ou 0,60% dos brasileiros.