Jovem vive momentos de terror ao ser importunada em ponto de ônibus

ponto de ônibus barreiro
Vítima aguardava a chegada do coletivo quando foi surpreendida (Reprodução/Google Street View)

Uma jovem de 23 anos foi vítima de importunação sexual enquanto aguardava um ônibus. O caso ocorreu no bairro Araguaia, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, nas primeiras horas dessa terça-feira (23). A vítima conseguiu se livrar do agressor por conta de um motorista que passou pelo local no momento em que ela era violentada.

De acordo com a PM, a jovem contou que estava esperando o coletivo na avenida Menelick Carvalho quando um homem apareceu e a segurou pelo braço. A vítima disse que a pessoa encostou as partes íntimas nela e usou de violência para imobilizá-la. Ela ainda relembrou as palavras ditas pelo suspeito: “Moça fica quieta. Eu não quero nada seu. Só vem comigo”.

A jovem conseguiu se desvencilhar do homem depois que um motorista que passava pela via buzinou. O agressor se assustou e soltou o braço da garota. O autor da importunação sexual, segundo a vítima, é um homem alto, magro, cor parda, que aparentava ter 30 anos, vestia camisa vermelha e bermuda tectel colorida. Até o fechamento da ocorrência, o suspeito não havia sido localizado e preso.

Fiscalização

A GCM-BH (Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte) informou ao BHAZ que segue realizando a Operação Sentinela durante a pandemia do novo coronavírus. Os agentes realizam abordagens em pessoas com atitude suspeita e fazem a repressão em ocorrências de flagrante de furto, roubo e outros delitos. A operação, segundo a guarda, “se destaca pelo empenho no patrulhamento de áreas que concentram maior fluxo de pessoas”.

Em 2020 foram realizadas, conforme informado, 4.411 abordagens a cidadãos em atitude suspeita. O número superou o total realizado em 2019. Na época foram 2.167 abordagens.

Crime

O crime de importunação sexual se tornou lei em 2018 e é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem sua anuência. O caso mais comum é o assédio sofrido por mulheres em meios de transporte coletivo, como ônibus e metrô. Antes, isso era considerado apenas uma contravenção penal, com pena de multa. Agora, quem praticá-lo poderá pegar de um a 5 anos de prisão.

Onde conseguir ajuda?

Caso você seja vítima de qualquer tipo de violência de gênero ou conheça alguém que precise de ajuda, pode fazer denúncias pelos números 181, 197 ou 190. Além deles, veja alguns outros mecanismos de denúncia:

Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher: av. Barbacena, 288, Barro Preto | Telefones: 181 ou 197 ou 190
Casa de Referência Tina Martins: r. Paraíba, 641, Santa Efigênia | 3658-9221
Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher): r. Araguari, 210, 5º Andar, Barro Preto | 2010-3171
Casa Benvinda – Centro de Apoio à Mulher: r. Hermilo Alves, 34, Santa Tereza | 3277-4380
Aplicativo MG Mulher: Disponível para download gratuito nos sistemas iOS e Android, o app indica à vítima endereços e telefones dos equipamentos mais próximos de sua localização, que podem auxiliá-la em caso de emergência. O app permite também a criação de uma rede colaborativa de contatos confiáveis que ela pode acionar de forma rápida caso sinta que está em perigo.

Seja qual for o dispositivo mais acessível, as autoridades reforçam o recado: peça ajuda.

Edição: Roberth Costa
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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