Atualizado às 16h42 do dia 01/03/2021 para incluir nota dos advogados de Paula Peixoto
A autora Gloria Perez recebeu uma queixa-crime da autora do assassinato da filha Daniella Perez, em 1992. Conforme divulgado pelo O Dia, Paula Thomaz abriu queixa no final de dezembro de 2020 contra Gloria. Segundo a reportagem, a “briga” começou depois que Gloria respondeu comentários dos seguidores no Facebook sobre o fato de Paula investir na carreira artística de uma de suas filhas.
Paula e o marido, Sérgio Peixoto, registraram um boletim de ocorrência contra a novelista e seguidores dela. Os dois querem que os envolvidos respondam por difamação. No depoimento, o casal chegou a citar algumas das ameaças dos seguidores. “Vai Gloria, agora manda matar a filha dela”, “Aqui se faz, aqui se paga” são algumas das ofensas dos internautas.
Em uma das respostas, Gloria disse: “essa criminosa não tem limites. Não preservou o filho que tinha na barriga quando se fez assassina e não preserva a filha de um meio (artístico) onde terá sempre como referência ser filha de uma assassina.”
‘Coisa de psicopata’
Em entrevista ao Metrópoles, Gloria Perez rebateu e disse que isso se tratava de psicopatia. “Coisa de psicopata. Logo, é preocupante que essa mulher esteja tentando se introduzir, através da filha, em meu ambiente de trabalho. Quem corre risco sou eu”, disse a autora.
Gloria também citou um trecho da decisão do juiz José Geraldo Antônio, feita em 1997, na qual condenou Paula Thomaz pelo assassinato de Daniella Perez. No texto (leia abaixo), o magistrado resume um pouco da personalidade de Paula como uma pessoa “violenta, perversa e covarde”.
“A conduta da ré exteriorizou uma personalidade violenta, perversa e covarde quando contribuiu consciente e voluntariamente para destruir a vida de uma pessoa indefesa, sem nenhuma chance de escapar do ataque de seus algozes, pois, além da desvantagem na força física, o fato se desenrolou em local onde jamais se ouviria o grito desesperador e agonizante da vítima. Demonstrou a ré assim, ser uma pessoa inadaptada ao convívio social e com inegável potencial de periculosidade”, escreveu.
Ainda não é um processo
Segundo a reportagem do jornal O Dia, Gloria já foi intimada a depor, porém enviou um advogado para que ele se inteirasse dos detalhes da denúncia. Alguns dos internautas envolvidos no caso de ofensa também podem ser intimados. O inquérito segue em fase de diligências e ainda não virou um processo.
O que diz os envolvidos
Ao BHAZ, o escritório Nicodemos & Nederstigt Advogados Associados, que defende a filha de 5 anos da ex-atriz, diz que “rechaça a divulgação
noticiosa de um inquérito policial que apura ameaças de morte contra a criança”, já que o caso ocorre em segredo de Justiça (leia abaixo a nota completa).
Leia a nota dos advogados na íntegra
“Primeiro, causa-nos estranheza a divulgação de informações de um inquérito que corre sobre segredo de Justiça, por tratar-se de fato praticado contra criança e adolescente. Segundo que, as investigações dizem respeito a apurar um processo persecutório contra os filhos da Paula Peixoto e que tem gerado profundo estado de vulnerabilidade em relação à convivência familiar, ao exercício do direito à educação e que tem gerado abalo psicológico para toda a família, por conta das matérias e das agressões que os filhos vêm sofrendo nas redes sociais diante da mobilização da jornalista e da Gloria Perez”, manifestou o advogado Carlos Nicodemos, do escritório Nicodemos & Nederstigt Advogados Associados, que a filha da ex-atriz.
Desde que foi noticiado erroneamente, em novembro passado, que Paula Peixoto estaria investindo na carreira de atriz da criança, mãe e filha têm recebido reiterados ataques e ameaças de morte nas redes sociais e no WhatsApp. Na ocasião, a autora de novelas Gloria Perez postou uma mensagem, criticando a ex-atriz, o que provocou uma série de ataques.
A respeito de algumas especulações noticiadas na internet, Paula Peixoto NÃO pretende pedir nenhuma indenização a Gloria Perez. O objetivo dela é apenas proteger a filha de 5 anos e descobrir a autoria das ameaças de morte contra ela e a criança numa ação, supostamente, orquestrada. A menina não pode pagar pelo passado da mãe. Não se pode direcionar a ela o ódio que se tem em relação à mãe dela.
Em novembro passado, a família da criança denunciou ao Conselho Tutelar a exposição indevida da criança por parte de Gloria Perez e requereu medidas protetivas que pudessem garantir a integridade física, psíquica e emocional da criança de modo a garantir sua participação em sociedade. Ademais, tanto o Juizado da Infância e da Juventude e o Ministério Público deveriam ser comunicados para que se apurasse eventual infração administrativa por parte de veículos noticiosos por violarem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mesmo que não tenham exposto o rosto da menina. O caso tramita em sigilo, pois a menina é menor de 18 anos.
