Um dia após a taxa de transmissão da Covid-19 em Belo Horizonte chegar ao nível vermelho, que sinaliza estado máximo de alerta, a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao tratamento da doença também aumentou. O único indicador que apresentou queda nesta terça-feira (2) foi a ocupação de leitos de enfermaria.
As informações são do boletim epidemiológico divulgado pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) nesta tarde. O número médio de transmissão por infectado da doença na cidade – que saltou de 1,06 na última sexta-feira (26) para 1,2 ontem – não sofreu mudanças hoje. Até a última quarta (24), ele era o único indicador de monitoramento da doença que ainda estava no nível verde.
A ocupação de leitos de UTI aumentou de 74,7% para 76,3%, de ontem para hoje, permanecendo no nível vermelho e máximo de alerta. Já a ocupação dos leitos de enfermaria destinados ao tratamento da Covid-19 caiu de 58,3% para 58%, e ainda está no nível amarelo.
Ainda de acordo com o boletim epidemiológico, Belo Horizonte registra 113.200 casos de Covid-19 e 2.763 óbitos em decorrência da doença. Dentre as mortes, 17 foram confirmadas nas últimas 24 horas. Além disso, 4.824 casos estão em acompanhamento e 105.613 pessoas já se recuperaram da infecção pelo vírus na capital mineira.
Vacinação
Pouco a pouco, a imunização contra a Covid-19 avança em BH. Até hoje, 115.897 pessoas já receberam a primeira dose da vacina, e 59.799 receberam as aplicações da segunda dose. Ao todo, 242.220 doses dos imunizantes já foram destinadas pela SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) à capital mineira.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) já sinalizou positivamente para participar do consórcio entre cidades brasileiras para comprar imunizantes contra a Covid-19. O anúncio foi feito durante reunião online na tarde dessa segunda-feira, com a FNP (Frente Nacional dos Prefeitos). Mais de 300 prefeitos de todo Brasil puderam manifestar o interesse em comprar as vacinas para os municípios.
O consórcio dará suporte aos municípios caso o PNI (Plano Nacional de Imunização), do governo federal, não consiga suprir a demanda nacional. Além das vacinas, a união entre os municípios também deve adquirir equipamentos, medicamentos e outros insumos. Segundo a FNP, “o consórcio não é para comprar imediatamente [as vacinas], mas para termos segurança jurídica no caso de o PNI não dar conta de suprir toda a população. Nesse caso, os prefeitos já teriam alternativa para isso.”