Faixa critica suspensão das aulas em BH e erros de idioma roubam a cena

faixa bairro mangabeiras
Placa foi pendurada no bairro Mangabeiras, na região Centro-Sul (Reprodução/Twitter/@luiznogueira)

Viralizou nas redes sociais uma faixa instalada no bairro Mangabeiras, na região Centro-Sul de BH, com críticas ao fechamento das escolas na capital. O recado ganhou bastante repercussão por, além de estar em um idioma diferente, conter erros gramaticais e, na avaliação de muitos, de coerência com o cenário pandêmico atual.

O empresário Luiz Henrique Nogueira passava pela Avenida Afonso Pena, próxima à Praça da Bandeira, quando avistou o letreiro e decidiu compartilhar nas redes sociais. “Belo Horizonte. The city that closed schools end made children sick. 1 years without schools”, diz a faixa. Na tradução para o português, o letreiro tem a intenção de dizer o seguinte: “Belo Horizonte. A cidade que fechou escolas e fez as crianças ficarem doentes. Um ano sem escolas”. Os erros gramaticais da língua inglesa, como “end” em vez de “and” e “years” no lugar de “year” foram motivo de “zoação” nas redes sociais.

No Twitter, internautas ironizaram, dizendo que, a julgar pelo conteúdo da placa, não é difícil perceber que as escolas de inglês também estão fechadas. E até o humorista Marcelo Adnet entrou na brincadeira, ironizando os erros no idioma. Outros questionaram o motivo da faixa estar em uma língua estrangeira, além de criticarem a questão levantada. Veja um pouco da repercussão:

Escolas fechadas

Os responsáveis por pendurar a placa não foram identificados, mas a insatisfação à qual eles se referem não é novidade. Logo no início da pandemia, o prefeito Alexandre Kalil (PSD), adotou o esquema de fechamento das escolas para impedir a disseminação do coronavírus.

Agora, um ano depois, a gestão municipal segue recebendo várias críticas pelo fato das instituições de ensino continuarem sem funcionar. A Secretaria Municipal de Saúde chegou a sinalizar a possibilidade de retorno das aulas neste mês, mas voltou atrás após o agravamento do cenário na capital.

Já no âmbito estadual, o cenário também é de endurecimento das medidas. O governador Romeu Zema (Novo), criou uma nova onda – a roxa – no programa Minas Consciente, e adicionou duas regiões do estado nessa faixa, decretando o fechamento delas. Sendo assim, 60 cidades do Triângulo Norte e Noroeste terão que adotar medidas mais severas de restrição. Com isso, passarão a funcionar apenas os serviços essenciais e haverá toque de recolher. O Governo de Minas também autorizou os demais municípios mineiros a entrar na onda roxa, caso achem necessário. 

Até então, o Brasil já chegou a atingir a marca recorde de 1.910 mortos pela doença em 24 horas. Os governadores de alguns estados enviaram, ontem (4), uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pedindo a compra de mais vacinas e destacando que a vacinação em massa “é a alternativa que se afigura como a mais recomendável, e, provavelmente, a única capaz de deter a pandemia”. Em discurso feito na cidade de Uberlândia, Bolsonaro ironizou os pedidos por mais vacinas, dizendo “Só se for na casa da tua mãe”.

Edição: Giovanna Fávero
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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