‘Não aguento mais’: O desabafo de quem está na guerra contra a Covid

profissionais saúde tratam paciente em leito
Profissionais da saúde estão extenuados (Vinícius Schmidt/Metrópoles)

Por Cleomar Almeida e Bruno Menezes

Em apenas um plantão, um médico viu 10 pacientes morrerem em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para Covid em Goiás. Uma colega de profissão perdeu a conta de trabalhadores da saúde que pediram afastamento ou demissão por exaustão extrema. Para outro médico, do Rio, a pandemia mostrou que ele “não tinha mais família”.

“Nunca dei tanta notícia de óbito na minha vida nem vi tantos colegas sofrerem junto de pacientes e familiares. Parece filme de terror, e, a qualquer momento, a gente também pode ser acometido”, conta o médico goiano Euler Sousa e Silva, de 46 anos. Em todo o Brasil, profissionais de saúde enfrentam rotina em verdadeiros campos de guerra contra o coronavírus, que já matou quase 280 mil pessoas. Entre elas, estão 624 médicos que foram contaminados ao tentar salvar vida de pacientes com Covid em hospitais, segundo memorial virtual do Conselho Federal de Medicina (CFM), além de cerca de 600 enfermeiros.

Aos que continuam na linha de frente contra o coronavírus, só resta encarar o ápice do esgotamento físico e mental que ainda atinge milhares de profissionais da saúde no segundo ano da Covid no país, como mostra o Metrópoles nesta reportagem, com casos de Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.

2021, ano mais tenebroso

O caos deve aumentar. No país, oito em cada dez profissionais de medicina da linha de frente veem a pandemia neste ano tão grave quanto no ano passado ou até mesmo pior. Sete em cada dez apontam tendência de aumento de mortes. Os dados são da primeira pesquisa nacional Os Médicos e a pandemia de Covid-19, promovida pela Associação Médica Brasileira (AMB), com 3.882 trabalhadores da categoria e divulgada no mês passado. No total, 92% deles confirmaram casos de profissionais com ao menos um problema por causa do enfrentamento contra a pandemia.

Veja os principais problemas e a reportagem completa no Metrópoles, parceiro do BHAZ.

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