Covid: PBH abre vagas para profissionais da saúde em dois hospitais

Vagas hospitais Belo Horizonte
Ao todo, são 42 vagas para o Hospital Odilon Behrens e Metropolitano Doutor Célio de Castro (Moisés Teodoro/BHAZ)

Dois hospitais da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) estão com vagas disponíveis para contratação imediata de profissionais de saúde. Por conta dos altos números da Covid-19, a PBH ampliou o número de leitos nas unidades de saúde. Ao todo, são 42 vagas para início imediato. As vagas são para o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, o Hospital do Barreiro, e para o Hospital Metropolitano Odilon Behrens.

Segundo a Prefeitura, serão 12 vagas para médico clínico (24h); 8 vagas para médico intensivista (12h) ou 4 vagas para médico intensivista (24h); 10 vagas para enfermeiro, 40 vagas para técnico em enfermagem e 6 vagas para fisioterapeuta. Os interessados podem fazer a inscrição no Banco de Currículos no site do hospital Célio de Castro. Basta escolher a vaga e preencher as informações solicitadas. A carga horária e salário variam de acordo com a função: 

  • Médico (12h semanais): R$ 4.491,07 
  • Médico (24h semanais): R$ 8.982,14 
  • Enfermeiro especialista para leito de CTI (36h semanais): R$ 4.718,41
  • Enfermeiro para leito clínico (36h semanais): R$ 4.018,77
  • Técnico de Enfermagem (40h semanais): R$ 2.768,60
  • Fisioterapeuta respiratório (30h semanais): R$ 3.782,82

Vagas no Odilon

Já no Hospital Odilon Behrens, são nove processos seletivos abertos para a contratação de profissionais das áreas assistenciais e áreas de apoio. As vagas são para início imediato e cadastro de reserva. Os processos em aberto são:

  • Médico (Anestesiologista; Cirurgião Pediátrico; Clínico Geral; Ecografista; Emergencista; Geriatra; Ginecologista; Intensivista; Neurocirurgião; Neurologista; Radiologista) — inscrições até 23/03 – edital 004/2021.
  • Enfermeiro — inscrições até 26/03, edital 008/2021.
  • Técnico em Enfermagem — inscrições até 23/03, edital 007/2021
  • Farmacêutico — inscrições até 30/03, edital 005/2021.
  • Nutricionista — inscrições até 26/03, edital 009/2021.
  • Médico do Trabalho — inscrições até 30/03, edital 003/2021.
  • Técnico em Informática — inscrições até 26/03, edital 006/2021.
  • Técnico em Laboratório — inscrições até 26/03, edital 011/2021.
  • Técnico em Nutrição — inscrições até 30/03, edital 010/2021.

É importante que os interessados consultem o edital para verificar pré-requisitos de cada área de atuação, documentação para inscrição e outras informações importantes. Todas as inscrições são realizadas das 8h às 16h, no departamento de Recursos Humanos do HMOB, localizado na avenida José Bonifácio, 85, São Cristóvão.

Colapso na Saúde

Desde que Romeu Zema anunciou o colapso do sistema de saúde do estado, muitas perguntas têm passado pela cabeça dos mineiros e, sem sombra de dúvidas, uma das principais é: mas e o hospital de campanha? Logo no início da crise em 2020, uma megaestrutura foi montada no Expominas, na região Oeste de BH, para atender as vítimas do vírus. Cinco meses depois, o hospital, que custou R$ 5,3 milhões – dos quais R$ 800 mil partiram de recursos públicos -, foi desmontado sem ter atendido um paciente sequer. Será que essa estrutura conseguiria tirar o estado do caos que se instalou agora?

Para o Governo de Minas, a resposta é não. Nesta terça-feira (16), o governador descartou a criação de um hospital de campanha para atender pacientes infectados pelo novo coronavírus. Segundo Zema, não há profissionais de saúde suficientes para preencher as vagas de um possível hospital e, por isso, a solução não passa por este caminho. Uma especialista ouvida pelo BHAZ afirma que, além da falta de profissionais, garante que há outros motivos pelos quais o hospital de campanha não é uma alternativa viável.

“Se aquele hospital estivesse montado teríamos falta de profissionais para fazer atendimentos. Além disso, os pacientes ficam mais bem atendidos num hospital com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e recursos. O hospital de campanha foi necessário naquele momento, pois não tínhamos previsão de como a pandemia iria se comportar”, disse o governador do estado.

Falta estrutura, falta gente

Ao BHAZ, a médica Samya Ladeira, infectologista pediátrica, explicou que o hospital não estaria apto para receber pessoas com os sintomas mais graves da Covid-19. A especialista afirma que, além da falta de profissionais para trabalhar, ainda falta uma estrutura adequada de UTI para receber os pacientes. “Se não tem leitos de UTI, não faz sentido ter leitos de enfermaria”, comenta. O ideal para o hospital funcionar de forma efetiva é que existissem leitos tanto para as Unidades de Tratamento Intensivo quanto para enfermaria.

“Se a gente não abrir um leito de UTI, não adianta abrir 100 enfermarias. Se as 100 pessoas ficassem em estado grave, para onde elas iriam?”, questiona a infectologista. Samya também ressaltou o mesmo problema levantado por Zema: a falta de profissionais na área. Graças ao fator global da crise de saúde, que faz todos os países se esforçarem para lidar com o avanço da Covid-19 em seus territórios, acabam se esgotando as possibilidades de trazer outros médicos de fora para o Brasil. “Estão até tentando abrir novos leitos, mas não tem o número de profissionais”, explicou a médica.

Edição: Roberth Costa
Jordânia Andrade[email protected]

Repórter do BHAZ desde outubro de 2020. Jornalista formada no UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) com passagens pelos veículos Sou BH, Alvorada FM e rádio Itatiaia. Atua em projetos com foco em política, diversidade e jornalismo comunitário.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!