Igreja Católica e PUC Minas também consideram Bolsonaro um genocida

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Dom Mol planta muda na PUC em homenagem aos mortos pela Covid-19 e pela omissão de Bolsonaro (Raphael Calixto/PUC MG)

Em carta à humanidade, o reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Joaquim Giovanni Mol Guimarães, denuncia a omissão de Bolsonaro na pandemia. O manifesto repete três vezes a expressão “genocida” com a qual o governo Bolsonaro é acusado como um dos responsáveis pelo desastre humanitário e sanitário que já matou cerca de 300 mil. Mais de 2 mil brasileiros morrem por dia ante o agravamento da pandemia e inação do governo federal.

“Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista”. Esse é o forte texto de abertura do documento que invoca o apoio de instituições nacionais e internacionais diante do agravamento da crise. As instituições invocadas foram o Supremo Tribunal Federal, Ordem dos Advogados do Brasil, Congresso Nacional, CNBB e o Tribunal Penal Internacional.

Dom Mol é também presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e professor da PUC Minas. Sob o nome “Vida acima de tudo”, o manifesto reúne intelectuais, políticos, líderes religiosos entre outros e pode ser lido em diversos idiomas.

“Brasil virou ameaça global”

No documento, consideram também que, por conta do governo, o Brasil está se transformando em ameaça global por conta de novas mutações do vírus. “O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global”, advertem.

LEIA O MANIFESTO NA ÍNTEGRA

CARTA ABERTA À HUMANIDADE

“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” Hannah Arendt

O Brasil grita por socorro. Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.

Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.

O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e com as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco os países vizinhos e toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.

O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.

Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.

Vida acima de tudo”.

Para ter mais informações e assinar o documento, clique AQUI

Veja quem já assinou o manifesto:

Padre Júlio Lancelotti

Leonardo Boff, teólogo

Dom Mauro Morelli

Miguel Nicolélis, cientista

Frei Betto, escritor

Chico Buarque, compositor, escritor, cantor

Silvio Tendler, cineasta

Nilton Bonder, rabino

Celso Amorim, diplomata, ex-chanceler

Jessé de Souza, sociólogo

Zélia Duncan, cantora, compositora

Silvia Buarque, atriz

Milton Hatoum, escritor

Eric Nepomuceno, jornalista, escritor

Marieta Severo, atriz

Edu Lobo, compositor, músico

Camila Pitanga, atriz

Paulinho da Viola, cantor, compositor

Ivan Lins, compositor, músico

Gregorio Duvivier, ator, escritor

Edino Krieger, compositor

Antonio Carlos Secchin, escritor e professor

João Bosco, compositor, músico

José Luis Fiori, cientista político

Patricia Pillar, atriz

Jorge Durán, cineasta

Fernando Morais Jornalista e Escritor São Paulo/SP

Ricardo Coutinho – ex-governador da Paraíba e presidente da Fundação João Mangabeira

Gisele Cittadino, jurista, ABJD

Marta Skinner, economista

Murilo Salles cineasta

Lucia Murat, cineasta

José Joffily, cineasta

Carol Proner, jurista

Francis Hime, compósitos, músico

Olivia Hime, cantora

Wagner Tiso, musico

Frei Atílio Battistuz, Francisco Missionário

Hildegard Angel, Jornalista

Chico Diaz, Ator

José de Abreu, Ator

Marcelo Barros, teólogo

Maria Victoria de Mesquita Benevides, cientista política São Paulo/SP

André Constantine, Movimento Nacional de Favelas e Periferias

Marcelo Barros, Monge e Teólogo Recife/PE

Ivo Herzog, Engenheiro São Paulo/SP

Marcio Pochmann, Economista Campinas/SP

Siro Darlan de Oliveira, Desembargador TJRJ Rio de Janeiro/RJ

Isabel Salgado, Técnica de Vôlei Rio de Janeiro/RJ

Carol Solberg, Vôlei de Praia Rio de Janeiro/RJ

Joel Cornelli , Técnico de Futebol Caxias do Sul/RS

Acioli Cancellier de Olivo, Servidor Público Federal Aposentado, São José dos Campos/SP IRMÃO DO REITOR CANCELLIER

Sérgio Pinto, Presidente da Associação dos Servidores da Cultura Brasília/DF

Chico Alencar, Professor, escritor e vereador Rio de Janeiro/RJ

Wilson Ramos Filho, Xixo , Professor, escritor e vereador Curitiba/PR

Frei Atílio Battistuz, Francisco Missionário Marajó/PA

Afonso Borges, Escritor e Gestor Cultural Belo Horizonte/MG

Tiago Maiká Muller Schwade, Geógrafo Amazonas

Carolina Kotscho, Roteirista São Paulo/SP

Luiz Fernando Emediato, Escritor e Editor São Paulo/SP

Hélio Doyle, Jornalista Brasília/DF

Regina de Assis, Professora/Doutora Rio de Janeiro/RJ

Geraldo Mainenti, Jornalista Rio de Janeiro/RJ

Eva Doris Rosental, Gestora da Área Cultural Rio de Janeiro/RJ

Benedito Tadeu César, Professor da UFRGS Porto Alegre/RS

Padre Niraldo Lopes de Carvalho, Religioso Rio de Janeiro/RJ

Deyvid Bacelar, Petroleiro e Coordenador da FUP Feira de Santana – BA

Affonso Henriques Guimarães Correa, Economista Rio de Janeiro/RJ

Marina Maluf, Historiadora São Paulo/SP

Olivia Byington, cantora e escritora

Daniel Filho, diretor

Orion Teixeira[email protected]

Jornalista político, Orion Teixeira recorre à sua experiência, que inclui seis eleições presidenciais, seis estaduais e seis eleições municipais, e à cobertura do dia a dia para contar o que pensam e fazem os políticos, como agem, por que e pra quem.

É também autor do blog que leva seu nome (www.blogdoorion.com.br), comentarista político da TV Band Minas e da rádio Band News BH e apresentador do programa Pensamento Jurídico das TVs Justiça e Comunitária.

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