Menino cria ‘máquina de abraços’ para professora com câncer

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‘Máquina de abraços’ foi criada para professora que se recupera de um câncer (Reprodução/Twitter)

Um abraço melhora o dia de qualquer pessoa. Avery Green sabe disso, e ele tem apenas 5 anos. Sua professora de jardim de infância, Keri Stromski, também sabe. E, nesta época de Covid-19, não ser capaz de envolver os pequenos alunos em seus braços é realmente difícil. Para Stromski, 48, a falta de contato físico com seus alunos ocorre em um momento em que ela está lutando contra um câncer de mama.

“Um abraço é tudo”, disse ela durante uma entrevista para o Newsday. “Um abraço é amor, um abraço é apoio, um abraço é alegria, um abraço é cura para muitas coisas, um abraço é uma conexão. Um abraço é um relacionamento. É uma troca de energia, onde você está apenas deixando as pessoas saberem, sem dizer uma palavra ao menos, o quanto você as ama”.

Avery disse que se sentiu inspirado a fazer uma “máquina de abraços” para Stromski, sua professora favorita, que manda beijos para ele e para os outros alunos do jardim de infância durante as aulas virtuais em Riverhead, em Nova York (EUA). “Decidimos fazer a máquina de abraços porque a senhorita Stromski sentia falta de abraçar todo mundo”, disse ele.

Cathie Green, mãe de Avery, disse que se inspirou nas histórias que viu na internet durante os primeiros dias da pandemia de Covid-19 – engenhocas que as pessoas fizeram para permitir que os avós abraçassem os netos. “Decidi que faria algo portátil que pudéssemos levar para ela e ela pudesse abraçar as pessoas”, disse Green. “Nós a surpreendemos com isso”.

Estrutura elaborada

A máquina deles foi feita com um cabide preto e prata com sacos de plástico transparentes. A estrutura ainda recebeu um casaco ao avesso com mangas, um conjunto para um adulto de um lado e um conjunto colocado mais baixo para os mais pequenos, além de uma cobertura para o rosto suspensa. Foi um sucesso. “Ela gritou e fez com que toda a família fosse ver quando levamos para lá”, disse Green. “Ela chamou o marido e os filhos para participarem juntos”.

Stromski é mãe de três filhos e ex-professora no Riverhead Central School District, onde lecionou por 23 anos. Ela disse que Avery é um menino muito esperto que adora conversar e interagir. Durante as férias, ela lembrou que viu os alunos pessoalmente e eles tiveram vontade de abraçá-la. Mas devido à doença dela e à pandemia, os pais não permitiram. “A mãe dele sabia que eu sentia falta de abraços”, disse Stromski.

‘Professora incrível’

Green disse que Stromski é uma professora incrível e que até agenda suas consultas médicas de acordo com os horários de seus alunos. “Isso é o mínimo que posso fazer por ela, por tudo o que ela faz por nossos filhos”, disse a mãe do pequeno Avery.

“As crianças não sabem que Stromski está doente. Eles não têm ideia. E eles não têm ideia por causa da pessoa maravilhosa que ela é”, disse Cathie, que afirmou que o impacto da professora sobre Avery foi notável. “Ele presta atenção nela, e Avery realmente não presta atenção em ninguém”, disse Green. “Mas ele presta atenção à senhorita Stromski”, completou.

Edição: Thiago Ricci
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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