‘Kit intubação’: Zema confirma chegada de insumos a Minas ainda neste sábado

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Sem o medicamento, menos leitos podem funcionar no estado (Imprensa MG/Gil Leonardi)

O governador Romeu Zema (Novo) confirmou que Minas Gerais receberá, ainda neste sábado (10), medicamentos para intubação de pacientes com Covid-19. O anúncio ocorreu dois dias depois de o governador revelar que os estoques estavam baixos em vários hospitais do estado. Na ocasião, ele alertou que havia risco de faltar sedativo já nos próximos dias.

Minas vai receber mais de 15 mil ampolas de medicamentos essenciais ao kit intubação para manter a sedação dos pacientes internados na rede pública de Minas Gerais. Atualmente, o estoque de sedativos utilizados na intubação do paciente de Covid-19 encontra-se em nível não recomendável para o enfretamento da pandemia.

Em uma publicação em sua conta no Twitter, no início da tarde deste sábado (10), o governador informou que a remessa será enviada pelo Ministério da Saúde e chegará ainda hoje. “Estamos trabalhando intensamente para salvar vidas”, escreveu o mandatário.

Em nota, a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde) informou que a chegada de uma remessa de bloqueadores neuromusculares será direcionada a hospitais da rede pública que estão com menos de três dias de cobertura. Entre os itens enviados pelo Ministério da Saúde estão o Brometo de Rocurônio e o Basilato de Cisatracúrio. Nesta remessa serão atendidas instituições das macrorregionais Sul, Centro, Triângulo do Sul, Jequitinhonha, Leste, Sudeste e Oeste.

Rede solidária

Para fazer frente a este cenário, o estado conta com a rede solidária da saúde pública, que permite o remanejamento de insumos entre as instituições. Neste caso específico, os medicamentos são destinados às instituições que observam aumento abrupto de consumo destes insumos.

“O objetivo é atender os hospitais mais necessitados e com estoques mais baixos, a partir de instituições que detenham estoques mais estáveis, garantindo, de modo emergencial, a adequada assistência aos pacientes”, pontua o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

A SES-MG, juntamente com o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), realiza levantamento periódico dos estoques dos prestadores e fornecedores de medicamentos e insumos das unidades hospitalares.

De acordo com o governo, é feito o acompanhamento e monitoramento 24 horas do abastecimento de medicamentos nas redes públicas e privadas de assistência médico-hospitalar, que devem informar, regularmente à SES-MG, sobre o quantitativo de estoques de medicamentos e insumos disponíveis.

Bolsonaro

Na última quinta-feira (8), além de anunciar a falta de sedativos, Zema também criticou a postura adotada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia do novo coronavírus. Para o político mineiro, o Palácio do Planalto menosprezou um “inimigo tão perigoso”.

“Quando analisamos óbito por milhão de habitantes, fica claro que o desempenho do Brasil não é bom. Poderia ser muito menor”, disse o chefe do Executivo de Minas, em coletiva de imprensa.

Menos leitos em BH

Depois do anúncio do governador, o secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, disse, em live nessa sexta-feira (9), que a a falta do chamado “kit intubação” colocava a capital mineira numa “situação desesperadora”.

Diante da falta dos medicamentos, é preciso fechar os leitos e isso já aconteceu em BH, conforme contou o secretário. “Tivemos que fechar dez leitos no Hospital Luxemburgo por falta de insumos. Dez leitos de UTI por causa da falta de kit intubação. Situação muito grave”, alertou.

Boletim

De acordo com o Boletim Epidemiológico de hoje, o estado registrou mais de 12 mil novos casos e 368 mortes por Covid-19 nas últimas 24h. No total, mais de 27 mil pessoas morreram pela doença e 1,2 milhão foram infectadas.

No Boletim Epidemiológico e Assistencial de ontem de Belo Horizonte, a capital continuava com a ocupação de leitos de UTI e de enfermaria no nível vermelho, em 92,8% e 73,2%, respectivamente.

Com Agência Minas

Edição: Roberth Costa

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