Covid-19: Zema diz a empresários que Grande BH vai sair da onda roxa

Governador Romeu Zema falando
Governador anunciou mudança em encontro com empresário (Gil Leonardi/Imprensa MG)

Atualização às 18:37 do dia 14/04/2021 : Esta matéria foi atualizada para incluir a resposta da PBH.

Belo Horizonte e algumas cidades da região metropolitana vão deixar a onda roxa do Minas Consciente. A informação foi passada pelo governador Romeu Zema (Novo) a empresários nesta quarta-feira (14). A medida possibilitará a flexibilização do comércio. Já com a retomada das atividades em mente, a Abrasel-MG (Associação de Bares e Restaurantes em Minas Gerais) apresentou uma proposta de reabertura para o setor na capital mineira.

A saída de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Vespasiano e Curvelo da onda roxa está baseada, segundo Zema, nos números de novos casos e nas melhoras dos indicadores da pandemia. Com a alteração, a partir do próximo sábado (17), as cidades voltam à onda vermelha, com permissão para flexibilizações. As informações são da Rádio 98.

Uma reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19 está marcada para amanhã (15) e nela deve ser confirmada a mudança da onda roxa para a vermelha já neste final de semana. A alteração se estenderá para as regiões Sul, Sudeste e Norte, o Vale do Jequitinhonha e a microrregião de Manhuaçu.

As regiões Triângulo Sul, Triângulo Norte e Noroeste vão continuar na fase em que são permitidos apenas os serviços essenciais. A onda vermelha integra o Minas Consciente e nela é permitido o funcionamento de todas as atividades. Apesar disso, é preciso seguir algumas regras: uma delas é o distanciamento de três metros entre as pessoas.

Abrasel apresenta projeto

O presidente da Abrasel-MG, Mateus Daniel, apresentou um plano de reabertura de bares e restaurantes em Belo Horizonte para o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis. No documento, são propostas três fases para que aconteça o funcionamentos dos estabelecimentos. Confira:

  • 1º cenárioCom a ocupação das UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) abaixo de 90%, enfermarias abaixo de 70% e RT inferior a 1: Bares e restaurantes funcionam apenas entre 11h e 16h, de segunda-feira a domingo, com a venda de bebida alcoólica e limite de quatro pessoas por mesa.
  • 2º cenário Leitos de UTI e enfermaria com ocupação abaixo de 70% e o RT permaneça menor que 1: os estabelecimentos podem ampliar o horário de funcionamento para as 22h, com tolerância até às 23h para o salão estar vazio. O limite será de seis pessoas por mesa.
  • 3º cenárioUTIs e leitos de enfermaria atingirem menos de 50% de ocupação e a taxa de transmissão continuar abaixo de 1: Intenção é que não haja mais restrição de horário de funcionamento, além da expansão do limite de oito pessoas por mesa e a retomada das apresentações de músicas ao vivo, mas sem pista de dança.

A entidade pede ainda que crianças abaixo de 12 anos não sejam consideradas na contagem do limite de pessoas por mesa, pois “grande parte dos estabelecimentos são frequentados por famílias”.

O presidente da Abrasel-MG destaca que o setor enfrenta uma grave crise e que 90% dos estabelecimentos não conseguiram quitar os salários de março. “O setor não aguenta mais dias fechados, principalmente sem qualquer apoio financeiro dos governantes. Não temos como pagar o salário dos funcionários e a fome também mata. Temos que equilibrar saúde e economia”, argumenta.

O BHAZ procurou a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) para saber qual avaliação foi feita sobre o projeto apresentado pela entidade e se há data para a reabertura do setor. A administração municipal informou que “o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 avalia as perspectivas de suprimento de insumos e medicamentos destinados à rede hospitalar”. “A reunião continua, podendo ser estendida até sexta-feira”, disse, em nota.

Edição: Giovanna Fávero
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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