Morte de mulher que caiu de cobertura na Pampulha foi acidental

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Hilma Balsamão de Morais morreu após cair acidentalmente da cobertura de um prédio em BH (Reprodução/@hilmabmorais/Instagram)

O inquérito que investigava a morte de Hilma Balsamão de Morais foi arquivado por determinação do juiz titular do 1º Tribunal do Júri mineiro, Marcelo Rodrigues Fioravante. A mulher tinha 38 anos quando caiu da cobertura de um prédio na região da Pampulha, em BH, e morreu. O caso ocorreu em 20 de novembro. O Ministério Público entendeu que não houve homicídio ou suicídio. A investigação concluiu que a morte de Hilma foi acidental.

Logo que Hilma morreu, a família dela cobrava respostas do que ocorreu com ela. O registro policial anotou a morte como “suicídio”, mas os familiares explicaram que a mulher “nunca faria isso”, por ser uma pessoa alegre e preocupada com a filha, que é adolescente. Prestes a completar 5 meses do acidente, o juiz Marcelo Rodrigues Fioravante decidiu pelo arquivamento do inquérito pela falta de evidências criminais.

Embriaguez

Segundo o juiz, a decisão endossa o entendimento dos promotores de justiça, que apontaram a ingestão de bebida alcóolica por parte de Hilma como um dos motivos da queda da cobertura. Tal conclusão tem como base provas testemunhais e relatórios técnicos, entre eles o parecer técnico-médico do Centro de Apoio Técnico do Ministério Público. Marcelo Rodrigues Fioravante também observou a falta de indícios de que a mulher tenha sido induzida, instigada ou auxiliada a se jogar da cobertura.

Ainda de acordo com o juiz, no momento do acidente, Hilma não tinha discernimento adequado do perigo que corria quando foi até a área da piscina da cobertura e se sobrepôs ao guarda-corpo – proteção que resguarda faces laterais de escadas e terraços, por exemplo. A análise dos peritos também descartou a possibilidade de suicídio, reforçando a impressão de que a morte da mulher foi causada por um acidente provocado por ela.

O acidente

Hilma Balsamão de Morais caiu do 5º andar do prédio, e moradores de um dos apartamentos a encontraram na área privativa da propriedade, e chamaram a polícia. Conforme dito pelo solicitante, a mulher estava com ferimentos na cabeça e em outras partes do corpo, e não apresentava sinais vitais. Em conversa com os policiais, o namorado da vítima disse que eles tiveram uma discussão após ele se negar a ter um “relacionamento afetivo” com ela.

O namorado ainda disse que a discussão prosseguiu depois que ela jogou uma garrafa de bebida no chão. Segundo o registro da ocorrência, o homem pediu para que o filho gravasse a briga, momento em que Hilma teria tirado o celular do rapaz e também jogado no chão. O homem afirmou que havia ingerido bebida alcoólica com a vítima, mas negou uso de drogas.

Com TJMG

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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