Por Leandro Barbosa
“A igreja brasileira se tornará insignificante.” A avaliação — que vai na contramão da projeção do IBGE de expansão dos evangélicos — é do pastor Ariovaldo Ramos. Para ele, a igreja evangélica brasileira escolheu esse caminho ao se submeter às escolhas e ao negacionismo do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em entrevista ao Metrópoles, Ramos, que é presbítero da Comunidade Cristã Reformada e coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, e foi conselheiro do Programa Fome Zero na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou o atual momento da igreja no Brasil. O pastor evangélico a vê se distanciando do que seria uma entidade cristã.
Para justificar a avaliação de que a igreja brasileira perderá o seu lugar de poder, ele lembra o que houve com a alemã ao apoiar Hitler. “Ela nunca mais foi a mesma. Por mais que houvessem cristãos que resistiram à violência do nazismo, ela perdeu o seu significado”, explica o pastor.
Seus posicionamentos batem de frente com os muitos líderes evangélicos em evidência no Brasil, como Silas Malafaia. Hoje, ele se reconhece como um “cancelado” da igreja evangélica. Mas, por outro lado, se vê como resistência em tempos onde seus antigos amigos “abraçaram a tirania”.
Confira a entrevista completa no Metrópoles, parceiro do BHAZ.