Prefeitura de BH alerta para baixa procura pela vacina contra a gripe

vacinação gripe
PBH ainda aguarda 228 mil pessoas para a primeira etapa da vacinação (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A campanha de vacinação contra a gripe teve início no dia 12 de abril e, até o momento, apenas cerca de 24 mil pessoas procuraram as unidades de saúde para serem imunizadas. Nesta primeira etapa da campanha estão sendo vacinadas crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias, gestantes, puérperas e trabalhadores da saúde que atuam em hospitais, Samu, UPAs e centros de saúde – o que totaliza 280 mil pessoas. A meta é vacinar 90% desse público. 

O grupo com maior procura pela vacina é o formado por crianças de 6 meses a 5 anos, com cerca de 12 mil imunizados. Na sequência estão os trabalhadores da saúde, com 6 mil vacinados; gestantes, com 5 mil, e puérperas, com 1,2 mil.

Até o momento, a capital recebeu cerca de 270 mil doses. A definição do primeiro grupo contemplado para receber a vacina segue orientação do Ministério da Saúde, que está disponibilizando as doses de forma escalonada. À medida que novas doses forem recebidas, Belo Horizonte vai ampliar os grupos a serem vacinados. 

“A vacina é segura e eficaz. Ela protege contra o vírus influenza, que causa doença respiratória, muitas vezes, com quadros graves. Com a imunização, ocorre redução nas complicações e internações. Nesta etapa, estão sendo vacinadas as crianças e, no momento em que as aulas presenciais estão sendo retomadas, a vacinação é fundamental para garantir a proteção contra a gripe”, explica o subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde, Fabiano Pimenta. 

A imunização de crianças, gestantes, puérperas e trabalhadores da saúde é realizada nos centros de saúde, no horário de rotina das salas de vacina, com exceção das Unidades 24h. Segundo a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), as equipes de atendimento foram capacitadas e estão devidamente paramentadas com equipamentos de proteção individual, para garantir a segurança da população. Já a aplicação das doses para os profissionais de saúde de hospitais, UPAs e SAMU segue sendo realizada em cada instituição.

Os endereços dos centros de saúde e os horários estão disponíveis aqui. A vacinação acontece em todo o país, inclusive na região metropolitana, como nas cidades de Betim e Contagem.

Gripe x Covid-19

Em entrevista concedida ao programa de rádio Saúde com ciência, o médico e professor da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Ênio Pietra Pedroso, do Departamento de Clínica Médica, explicou sobre a necessidade de vacinação contra a influenza e como a imunização contra gripe pode reduzir pressão sobre o SUS.

De acordo com o médico, a gripe é uma infecção viral do aparelho respiratório provocada pelo vírus influenza, que ataca os pulmões, o nariz e a garganta. A exemplo da infecção causada pelo novo coronavírus, os sintomas incluem febre, calafrios, tosse, dores de cabeça e fadiga. Por isso, as doenças podem ser facilmente confundidas.

O que se sabe até o momento é que a prevenção contra o influenza durante esse período de alto contágio pela Covid-19 ajuda a diferenciar o diagnóstico das duas doenças. Descartando a gripe nas pessoas imunizadas contra a influenza, fica mais fácil diagnosticar as duas doenças, diminuindo assim a pressão sobre as unidades de saúde.

E se vacinei contra Covid?

Como a vacinação contra a gripe e a Covid estão acontecendo simultaneamente, por medida de segurança, pessoas que receberam a vacina contra o novo coronavírus precisam respeitar um intervalo mínimo para tomar a dose contra a influenza.

Segundo Nota Técnica do Ministério da Saúde, para receber a vacina contra a gripe é necessário aguardar o intervalo mínimo de 14 dias após receber a imunização contra a Covid-19. A pasta ainda orienta que as pessoas que estiverem nos grupos prioritários procurem se vacinar antes contra a Covid-19.

Com UFMG

Edição: Thiago Ricci

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