Estudantes de uma escola da rede estadual de ensino, situada na região Oeste de Belo Horizonte, criaram uma solução para diminuir o uso de plástico pela sociedade: canudos produzidos com bambu. O projeto já foi reconhecido internacional e agora está na fase final de uma competição global, com outros 19 projetos de diferentes regiões das Américas – com exceção dos Estados Unidos. Detalhe: entre todos os finalistas, são os únicos de uma instituição pública de ensino.
“Por sermos de escola pública, a gente ficou muito feliz pelo fato da nossa ideia ter chegado tão longe. A gente tem o desejo de levar isso pra frente”, comemora a diretora de marketing do grupo, Gabriela Pereira, de 16 anos, em entrevista ao BHAZ.
O projeto foi desenvolvido por 24 alunos do 2º ano do ensino médio
Estadual Maurício Murgel, no bairro Nova Suíça, durante o período de 15 semanas. Com o objetivo de proteger os animais marinhos (em especial, as tartarugas), os adolescentes criaram a miniempresa Econudos, através da qual produziram e venderam mais de 900 kits de canudos ecológicos.
Além da criação, toda a gestão da iniciativa é feita pelos alunos em encontros fora das aulas, com a supervisão de voluntários mineiros da ONG (Organização Não Governamental) responsável pela competição, batizada como JA Minas Gerais. A organização atua na educação em empreendedorismo desde 1919 e já está presente em 124 países.
Momento de colaboração
Mesmo com a felicidade de ter chegado a essa etapa, a Econudos ainda tem um grande desafio para apresentar o projeto na etapa internacional. Esta fase da competição será na República Dominicana e os alunos não têm a verba para enviar os representantes.
A competição cobre todos os custos de três representantes da mini empresa, mais um acompanhante, com exceção das passagens aéreas. Para eles, esse é o maior desafio agora, já que estimam o preço das passagens em R$ 15 mil, e não têm condições de arcar com esse valor.
Para Gabriela, o fato de serem alunos de escola pública é uma dificuldade a mais. “A gente está tendo que se esforçar muito mais do que quem é de escola particular, conseguir nosso objetivo é uma forma de conseguir igualdade”, afirma.
Sem desistir de seus sonhos, os miniempresários criaram uma vaquinha online e contam com a colaboração de todos para essa conquista. As doações ainda estão longe da meta, mas, para Gabriela, todo o apoio que já receberam é motivo de gratidão para eles.
Para realizar uma doação, acesse o link. Assista abaixo ao apelo dos estudantes: