Alunos da UFMG distribuem máscaras PFF2 a trabalhadores do Centro de BH

A “Ação de solidariedade máscara contra a desinformação” visa distribuir máscaras do modelo PFF2 a trabalhadores que andam todos os dias pelo hipercentro da capital mineira (Reprodução/@mup_beaga/Instagram)

Estudantes da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) estão se mobilizando para levar mais segurança aos profissionais de Belo Horizonte que estão expostos, diariamente, ao vírus da Covid-19.

Idealizada pelo MUP (Movimento por uma Universidade Popular), a “Ação de solidariedade máscara contra a desinformação” visa distribuir máscaras do modelo PFF2 a trabalhadores que andam todos os dias pelo hipercentro da capital mineira. Nas últimas duas semanas, foram mais de 700 equipamentos de proteção distribuídos.

“A gente decidiu fazer essa campanha para tentar proteger minimamente os trabalhadores que estão tendo que sair de casa todo dia”, disse Cecília Araújo, estudante de Ciências Sociais da UFMG. Para ela, é fundamental que as pessoas quebrem o estigma de que a máscara PFF2, atualmente a mais recomendada por especialistas para conter a contaminação pelo Sars-Cov-2, é inacessível à população mais pobre.

“Sempre escutamos que PFF2 é mais cara, que é desconfortável e que é mais difícil de achar, mas não é bem assim. A gente achou PFF2 pra comprar – lógico em grande quantidade – por R$2,00. A média é essa. (…) sair na rua conversar com as pessoas da importância de usar a PFF2 e do porquê ela é melhor e que ela pode sim ser acessível é essencial”, aponta a estudante.

Para comprar as máscaras, o projeto recebe doações financeiras através do PIX [email protected]. Para saber mais informações sobre a iniciativa, basta acessar a página do MUP no Instagram.

Por que a PFF2 é a proteção mais recomendada?

Para Milena Marcolino, professora da Faculdade de Medicina da UFMG, existem três motivos que comprovam a maior eficácia da PFF2 diante dos outros modelos de máscaras disponíveis no mercado.

“Ela tem uma capacidade de filtrar as partículas que é superior. Além disso, ela possui uma camada eletrostática que atrai as partículas que são mais difíceis de serem filtradas por outras máscaras. Ela também tem uma capacidade de adaptação maior”, explica.

Ela esclarece que, depois de usada, a proteção deve “descansar” por um período de 3 a 7 dias, em um local arejado e longe da luz solar, para que possa ser novamente utilizada. O recomendado é que se reutilize até cinco vezes a mesma máscara, no entanto, ela pode ser usada mais vezes se o tempo de uso for pequeno.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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