Alunos do Colégio Anchieta, em Salvador, na Bahia, participaram de um trote que tem dado que falar nas redes sociais. Na quarta-feira (7), os estudantes foram convocados para ir às aulas vestidos de acordo com alguma temática. O evento foi chamado de “Mico” e gerou polêmica devido aos trajes e “fantasias” escolhidos.
Alguns alunos do 3º ano do ensino médio escolheram representar o movimento racista norte-americano Ku Klux Klan. O grupo foi uma famosa organização racista dos Estados Unidos, conhecida por enforcar pessoas negras e queimar suas residências para afirmar a supremacia branca. Além disso, também praticavam a homofobia e anti-semitismo, com passagens da Bíblia como justificativa.
Em uma foto que viralizou no Twitter, dois garotos aparecem com os trajes enquanto outro menino faz a saudação nazista de Hitler, ditador conhecido por exterminar mais de 6 milhões de judeus no Holocausto.
Em nota postada pelo colégio nas redes sociais, a instituição diz que “o Colégio Anchieta não comunga com as referidas encenações independentemente da intenção delas. Logo, não queremos minimizar os fatos. A Missão do Anchieta é formar pessoas para transformar o mundo e, neste contexto de formação, o Amor é o valor ético e o caminho para tratar o medo e a dor presentes no mundo contemporâneo”.
Outras festas
Não foi a primeira vez que o colégio foi palco de atitudes preconceituosas. Em outra festa, alguns alunos fizeram ‘blackface’, termo usado para se referir a pessoas brancas que se pintam de preto no teatro para ridicularizar pessoas negras. A prática era muito usada em décadas passadas.
O trote “Se nada der certo” ocorrido na Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH), no Rio Grande do Sul, também gerou polêmica nesta semana. Isso porque os alunos se vestiram de profissões consideradas inferiores para ridicularizá-las, entre elas ambulantes, faxineiras e cozinheiras.