De Contagem para o Oscar: Os primeiros passos da Filmes de Plástico

filmes de plástico
Produtora surgiu de um encontro inusitado de amigos em Contagem (BHAZ/Divulgação)

Sabia que é de Contagem, na região metropolitana de BH, o filme mineiro que chegou mais perto de ganhar um Oscar? Sucesso de 2021, o longa “Marte Um” ficou entre os selecionados para representar o Brasil na maior premiação do cinema no mundo. E o diretor, Gabriel Martins, junto com um dos sócios na Filmes de Plástico, André Novais Oliveira, é o convidado do Arreda pra Cá, podcast do BHAZ.

Os dois, junto com Maurílio Martins e Thiago Macêdo Correia, formam a Filmes de Plástico, produtora de cinema que tem conquistado cada vez mais relevância no mercado – e que surgiu de uma série de coincidências para representar, nas telonas, o que é nosso, de Minas Gerais e do Brasil. No Arreda pra Cá, dois dos quatro sócios relembraram o início da amizade, da parceria profissional e do caminho até o Oscar.

“A produtora é uma junção de dois pontos de Belo Horizonte. Um deles é a Escola Livre de Cinema, que é um curso que eu cursei em 2005 e 2006, o André foi antes, em 2004”, conta Gabriel Martins, que explica ainda que a escola é uma espécie de “curso técnico” em cinema. Lá, também estudou um outro fundador da Filmes de Plástico: Thiago. O quarto, Maurílio Martins, foi colega de Gabriel no curso de cinema da Una.

Mas o que uniu mesmo o grupo foi um outro ponto – fora de Belo Horizonte, mas bem ao lado: a cidade de Contagem. “O marco mesmo do começo da Filmes de Plástico foi eu e o Maurílio termos caído na mesma sala, sendo do mesmo bairro de Contagem, sem nunca ter se cruzado. E aí coincidência, né, do universo, que a gente caiu numa mesma sala e decidimos fazer filmes no nosso bairro”, conta Gabriel.

Dentro de casa

Ainda segundo o diretor, mais tarde, eles foram descobrir que André Novais Oliveira também morava próximo: “Então essa coisa de Contagem nos uniu”. Na Escola Livre de Cinema, por uma necessidade de ajuda nos trabalhos, a união com os outros integrantes se firmou. “Como na escola as turmas eram bem pequenas, faltavam pessoas pra equipe dos curtas de finalização de curso. Então a gente participava das equipes, tanto que eu fui da equipe do primeiro curta do Gabito”, lembra André.

Com formação em história, André lembra que tinha receio de se dedicar completamente ao cinema e “não conseguir viver disso”, mas acabou arriscando. “Eu lembro de uma conversa que eu tive com o Gabito quando eu saí da Escola Livre de Cinema, que eu falei ‘me ajuda a não sair do cinema, porque é isso aqui que eu quero fazer'”, conta.

Além da ajuda uns dos outros, eles contaram também com o apoio da família. André lembra que o pai, a princípio, era reticente, mas acabou entendendo e encorajando o sonho do filho. Já no caso de Gabriel, a carreira no cinema foi um caminho quase inevitável: “Os meus pais tiveram uma posição radical de apoio, de verdade. Foi uma coisa que começou muito cedo, que nos meus 7, 8 anos de idade eu já falava obcecadamente que eu queria fazer isso”.

Nasce a Filmes de Plástico

Mesmo sem entender muito bem do que se tratava, Gabriel sonhava. E contou justamente com a ajuda dos pais para transformar o “viver de cinema” em realidade: “Com 12 anos de idade, minha mãe já me levou na Mostra de Cinema de Tiradentes para eu fazer uma oficina. Então acho que ali já entendeu que tem uma oficina de cinema, cursos e pessoas que são brasileiras, que estão aqui no entorno e que estão dando aula de cinema, então, no pior, dá pra dar aula, ser professor”.

Anos depois, também na Mostra de Cinema de Tiradentes, Gabriel estreou o primeiro filme que havia feito com a participação de André na equipe, ainda aos 17 anos. Com o tempo, o grupo foi colecionando estreias em eventos importantes e amadurecendo a ideia de trabalhar juntos. Até que, em 2009, fizeram o curta “Filme de Sábado”, primeiro projeto assinado oficialmente como “Filmes de Plástico”.

Para saber tudo sobre a inspiração do nome e a campanha da Filmes de Plástico no Oscar, é só conferir o papo na íntegra:

Arreda pra Cá

Se tem duas coisas que o mineiro gosta de verdade, elas são: Minas Gerais e uma boa conversa. Se juntar os dois então, já viu… E foi exatamente isso que o BHAZ fez: o Arreda pra Cá, nosso podcast, recebe personalidades mineiras e figuras importantes que têm tudo a ver com a história do nosso estado. Tem esporte, internet, arte e uma bebidinha que não pode faltar, né!?

Pra conferir tudo sobre o podcast e assistir os papos com os demais convidados, acompanhe aqui.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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