Você já tentou marcar um corte de cabelo e mudou de ideia ao descobrir o valor? Ou já desistiu antes mesmo de tentar? A variação é comum, mas os cortes mais “salgados” ainda pegam muita gente de surpresa. Mas afinal, qual é a diferença? Elias Torres, dono da renomada barbearia Seu Elias, é o convidado desta semana do Arreda pra Cá, podcast do BHAZ, e revelou o segredo para manter a marca com os preços mais altos.
Atualmente, Elias não corta mais cabelo, mas, há anos, conseguiu realizar o sonho de cobrar R$ 100 por corte – e se “aposentou” cobrando bem mais: R$ 1 mil. Os mais de 70 barbeiros que atendem nas lojas da rede Seu Elias, no entanto, continuam trabalhando com preços acima da média do mercado local.
“O que faz um corte de cabelo valer R$ 15 ali na esquina e o outro valer R$ 70? Tem toda uma estrutura. O que faz 71 agendas serem cheias praticamente todo dia e ter um cara que às vezes cobra R$ 15 e não consegue encher agenda?”, pontua Elias.
Segundo ele, o segredo está no que o empreendimento oferece ao cliente, inclusive a experiência desde a chegada à loja, e não apenas no corte: “Estrutura física para o empreendedor é uma coisa que as pessoas têm dó de investir e às vezes o segredo está ali. Fazer o negócio bem feio”.
“Qualquer loja do Seu Elias, você pode ir, você não vai ver uma lâmpada queimada, você não vai ver uma parede suja. Tem loja com dez anos que parece que foi aberta ontem. Eu tenho equipe de manutenção que fica só arrumando pepininho”, garante o empreendedor, que ressalta ainda que isso vale tanto para negócios como para pessoas: “A roupa que você veste conta demais”.
‘Parar de fazer loucura’
Pioneiro no modelo de barbearias “instagramáveis” e com experiências completas para o cliente em Minas Gerais, Seu Elias garante que não se intimida ao perceber que a moda pegou. “Isso só eleva o mercado, porque é o seguinte: para aquele negócio de ‘nossa, o corte no Seu Elias tá caro'”, pontua.
“Não, porque lá no bairro dele, o cara também atualizou e melhorou, aí o corte dele, que era R$ 15, foi pra R$ 30, R$ 50, R$ 60, então eleva a régua do mercado. Hoje você não vê mais cabelo de R$ 5, que antigamente tinha. Hoje, se você quiser cortar o cabelo direitinho, bem, às vezes é R$ 40, uma estrutura legalzinha”, ressalta Seu Elias.
Ainda segundo Seu Elias, para quem não vem de “berço de ouro”, é difícil conseguir atingir esse patamar em um empreendimento sem assumir dívidas, mas ele deixa um alerta: “Chega um momento que o cara tem que parar de fazer loucura, porque se não essa loucura uma hora pode dar merda”.
Confira o papo na íntegra abaixo:
Arreda pra Cá
Se tem duas coisas que o mineiro gosta de verdade, elas são: Minas Gerais e uma boa conversa. Se juntar os dois então, já viu… E foi exatamente isso que o BHAZ fez: o Arreda pra Cá, nosso podcast, recebe personalidades mineiras e figuras importantes que têm tudo a ver com a história do nosso estado. Tem esporte, internet, arte e uma bebidinha que não pode faltar, né!?
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