Arroz e feijão estão até 77% mais caros na Grande BH

arroz e feijão
O arroz teve um aumento de 73%, enquanto o do feijão chegou a 77% (IMAGEM ILUSTRATIVA/Reprodução/Pixabay)

Uma pesquisa divulgada pelo site Mercado Mineiro nesta segunda-feira (19) revela que preço do arroz e do feijão, ingredientes indispensáveis no prato do brasileiro, teve aumento disparado nos supermercados da Grande BH durante a pandemia. O arroz teve subiu 73%, enquanto o do feijão chegou a 77%. A comparação foi feita entre janeiro de 2020 e junho deste ano.

O estudo analisou preços em supermercados da região metropolitana de Belo Horizonte entre os dias 13 e 18 junho, comparando com os preços médios de levantamentos anteriores. Segundo a pesquisa, as compras ficaram 44% mais caras, levando em consideração todos os produtos analisados.

O produto que mais encareceu nesse período foi o óleo de soja, que registrou 123,4% de aumento. Em alguns estabelecimentos, o preço médio foi de R$ 3,51 para R$ 7,84.

Outro produto que teve um aumento expressivo foi o açúcar cristal de 5kg, que de R$ 8,23 passou a custar R$ 15,19, o que representa um aumento de 84%. Já o pente de ovos brancos, muitas vezes utilizado como substituto das carnes, teve um aumento de 54%, passando a custar, em média, R$ 13,87.

Produtos de limpeza também encareceram

A pesquisa do Mercado Mineiro também revelou que os produtos de limpeza tiveram um aumento de até 62%. O desinfetante de 500ml, por exemplo, está, em média, R$ 1,60 mais caro nesses sete meses. O único item que teve queda de preço foi o limpador Multiuso, que está 19,9% mais barato.

Pesquisar é a solução

Além de estarem mais salgados para o bolso do consumidor, a variação de preços dos produtos entre os supermercados também é grande. O arroz branco por custar de R$ 21,49 até R$ 29,05, dependendo do estabelecimento, uma variação de 35%. Já o feijão de 1kg pode ser encontrado de R$ 6,99 até R$ 9,98, o que representa 43% de variação.

Ao BHAZ, o gestor do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, explicou que como as pessoas passaram a se alimentar mais em casa durante a pandemia, o mercado teve uma alta demanda de alimentos. Aliado a esse comportamento, um enfraquecimento do mercado interno também justifica essa série de aumentos.

“A pandemia deu uma desregulada no mercado. Vários produtos são exportados, o real está extremamente defasado perante ao dólar… então o produtor prefere exportar, porque há uma demanda mundial de alimentos muito grande e o mercado interno fica em uma situação extremamente caótica”, explica.

Para ele, a única saída do consumidor é pesquisar antes de comprar. “Não dá pra dizer para o consumidor reduzir o consumo. A gente reduz o de combustível, de saídas, de cerveja… mas reduzir o consumo de arroz, óleo e carne é muito mais complicado”, enfatiza.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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