Bolsonaro diz que teve 12 milhões de votos ‘desviados’ na eleição, mas avisa: ‘Não tenho provas’

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Presidente deu declaração em conversa com apoiadores (Reprodução/Foco do Brasil/YouTube)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a questionar, nesta quarta-feira (11), o sistema eleitoral do Brasil após a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso ter sido rejeitada na Câmara dos Deputados. Segundo ele, o alto número de votos “sim” mostrou que a “lisura” do processo não é confiável. Ele ainda afirmou que teve 12 milhões de votos desviados na eleição de 2018.

Em conversa com os apoiadores, Bolsonaro disse que o voto eletrônico é bom para PT, PCdoB, PSOL. “Os números [da votação da PEC] foram divididos. É sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não acreditam que o resultado final seja confiável”, afirmou.

O alto número de deputados que não compareceram para votar demonstra, segundo Bolsonaro, que esses parlamentares ficaram com medo de “retaliações”. Ele disse ainda que quem votou contra a PEC foi por conta do presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. “Os que se abstiveram numa votação online ficaram preocupados com retaliações”.

“Está sinalizado que a eleição [do ano que vem] não está dividida, mas que não vai se confiar no resultado das apurações”, alertou.

Desvio de votos

Bolsonaro afirmou, mais uma vez, que hackers foram contratados para desviar 12 milhões de votos dele na eleição em que ele saiu vencedor. O presidente destacou que não tem provas sobre as alegações. “Esse cara ficou oito meses lá dentro [do TSE]. Foram contratados por quem tinha interesse nas eleições e teriam que desviar 12 milhões de votos meus”.

“Repito que não tenho provas. Os hackers fizeram seu trabalho, mas não foi suficiente para o outro lado ganhar. O lado que recebe dinheiro do narcotráfico, da Folha de São Paulo e de fora do Brasil”, disse. Bolsonaro ainda alegou que os hackers não foram pagos pois ele saiu vitorioso. “O TSE, no meu entender, poderia estar sabendo disso e deixou correr frouxo”.

Edição: Vitor Fernandes
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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