Aos 13 anos, Rayssa se torna a atleta mais jovem a ganhar uma medalha olímpica pelo Brasil

Rayssa Leal Skate medalha prata Brasil
A “Fadinha” já conquistou Tóquio e o Brasil (Reprodução/@rayssalealsk8)

Rayssa Leal colocou seu nome na história. Aos 13 anos, 6 meses e 22 dias, a skatista se tornou a atleta mais jovem a ganhar uma medalha olímpica pelo Brasil. A maranhense, conhecida como “Fadinha”, conseguiu esse feito após conquistar a medalha de prata no Skate Street Feminino, na madrugada desta segunda-feira (26), no Ariake Urban Sports Park, em Tóquio.

A skatista desbancou a velocista brasileira Rosângela Santos, que foi bronze no 4x100m do atletismo nos Jogos de Pequim, em 2008, aos 17 anos. Na história moderna mundial das Olimpíadas, é a terceira medalhista mais jovem em um esporte individual, ficando atrás apenas da americana Dorothy Hill, prata aos 13 anos e 23 dias nos saltos ornamentais nos Jogos de Amsterdã de 1928, e da dinamarquesa Inge Sorensen, que recebeu a medalha de prata aos 12 anos e 24 dias, nos 200 metros nado de peito nas Olimpíadas de Berlim de 1936.

Rayssa é a mais jovem dos últimos 85 anos. Antes mesmo do pódio, a maranhense já havia feito história, já que passou a ser a atleta mais jovem a defender o Brasil em uma edição olímpica. O último recorde tinha acontecido nas Olimpíadas de Londres de 1948, quando a nadadora brasileira Talita Rodrigues competiu no revezamento 4x100m livre com 13 anos e 11 meses de idade.

“Não caiu a ficha ainda de poder representar bem o Brasil e ser uma das mais novas a ganhar uma medalha. Esse dia vai ficar marcado na história”, disse Rayssa, logo após receber a medalha. Já na rede social, a “Fadinha” agradeceu por todo o apoio. “Fizemos história. Eu não sei explicar tudo que estou vivendo. Só sei agradecer. Obrigada, Deus. Obrigada, família, amigos, CBS (Confederação Brasileira de Skate). E a todos vocês que torceram muito”, escreveu a medalhista.

Competição

Enquanto Rayssa subiu no pódio da modalidade, as brasileiras Leticia Bufoni, de 28 anos, e Pâmela Rosa, de 22, não se classificaram para a final. O resultado foi surpreendente, visto que Leticia não conseguiu avançar pela primeira vez na história, e Pâmela é a atual número um do mundo no esporte.

“Essa é a primeira vez que fico fora de uma final de uma competição”, disse Letícia. “De qualquer forma, foi incrível. Estou feliz e triste ao mesmo tempo. Eu coloquei muita pressão em mim e foi difícil ficar em cima do skate ali na primeira volta”.

Na final, o ouro ficou com a japonesa Momiji Nishiya, que está próxima de completar 14 anos, e o bronze com a compatriota Funa Nakayama, de 18. O Japão está em segundo lugar no quadro de medalhas até o momento, com 7 conquistas de ouro, 2 de prata, e 3 de bronze, atrás apenas dos Estados Unidos, que tem duas medalhas a mais, uma no segundo e outra no terceiro lugar.

As provas do skate olímpico entram em uma pausa e voltam na próxima semana, nos dias 4 e 5 de agosto, com a modalidade park, em um circuito com bowls que imitam uma piscina vazia. No feminino, as brasileiras Dora Varella, Isadora Pacheco e Yndiara Asp estão na disputa. Entre os homens, Luiz Francisco, Pedro Barros e Pedro Quintas representam o Brasil.

Medalhas

A outra medalha do Brasil na modalidade, também de prata, é do skatista Kelvin Hoefler. O paulista não só conquistou a primeira medalha no skate, como a primeira medalha do país nas Olimpíadas de Tóquio. Atualmente, o Brasil está com 3 medalhas, sendo duas de prata, todas no skate, e uma de bronze com o judoca gaúcho Daniel Cargnin.

Edição: Roberth Costa

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!