Moradores do bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste de Belo Horizonte, querem justiça pela morte do cachorro Negão. O vira-lata morava há cerca de 1 ano nas redondezas e era cuidado por diversas pessoas. A suspeita é de que o mascote tenha sido envenenado com chumbinho.
A moradora Simone Pereira, de 52 anos, garante que dará um jeito de oferecer uma recompensa de R$ 1 mil a quem tiver informações sobre quem envenenou o cão. Segundo ela, Negão era muito querido no bairro e vários moradores se apegaram ao cãozinho do Padre Eustáquio.
“Ele era como um cão comunitário. Há um ano apareceu na rua Lorena com Carioca e eu o levei a uma clínica veterinária, onde ele fez todos os exames, tomou vacinas, foi castrado. Ele estava totalmente saudável e era alimentado todo dia. Era tão querido que, no Natal, até ganhou uma roupinha de Papai Noel”, contou Simone ao BHAZ.
Negão morreu na manhã do último dia de 2019 e foi encontrado em um lote na rua Carioca. “Me chamaram em casa às 7he falaram que ele estava agindo estranho mais cedo e que tinha sumido. Fui olhar nas câmeras de segurança do meu prédio e vi ele cambaleando, com sinais de confusão mental, babando. Fomos procurá-lo e achamos o corpo”, explicou Simone.
A moradora passou mal ao encontrar o cachorro e um casal, que também ficava à frente dos cuidados de Negão, o levou a um veterinário de confiança, que constatou o envenenamento. Agora, a comunidade quer justiça para o cão e alerta, com uma faixa, outros moradores: “Cuidado com seus cães, tem um assassino nas redondezas”.
“Estamos muito indignados. Saio na rua e todo mundo me para, as crianças estão tristes. Era um cachorro muito dócil, grato, poucas pessoas não gostavam dele. Isso não se faz, nem com cão, gato, cavalo, nada. Não é porque é animal que não é crime. Só queremos justiça”, finalizou Simone.