Abalô-caxi desfila sob som da Tropicália e leva multidão às ruas no Carnaval de BH

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Cortejo do bloco Abalô-caxi defende pautas LGBTQIAPN+ (Paulo Santos/BHAZ)

O bloco Abalô-caxi, novo nome do Alô, Abacaxi, nasceu de uma reunião despretensiosa entre amigos, em 2017. Coletivo de experimentação e bloco de Carnaval tropicalista LGBTQIAP+, o cortejo sai sempre na manhã de domingo do Carnaval de BH.

No ano de sua fundação, o bloco ficou somente no antigo Zona Last, bar que ficava no Horto, e agora dá as caras no Centro. O objetivo sempre foi dar voz às minorias, chamar a atenção da cidade para esse “abacaxi” no Carnaval.

Cadu Passos, coordenador de Comunicação, explica ao Guia BHAZ que, com o objetivo conquistado e o constante crescimento do bloco, a mudança de nome aconteceu em setembro de 2020. No ano que vem, o coletivo carnavalesco seguirá com o novo nome.

“Continuamos o mesmo, só que agora temos nosso espaço consolidado. O ‘alô’ era para chamar a atenção e, agora que a temos, vamos ‘abalar'”. Em 2023, o Abalô-caxi fez o primeiro desfile oficialmente com o novo nome.

Multidão coloriu o bloco durante cortejo em 2023 (Paulo Santos/BHAZ)

O cortejo do Abalô-caxi acontecerá na avenida Amazonas, no Centro. O repertório do bloco passeia pela Tropicália e pela MPB, de maneira geral. Na bateria, que segue o cortejo no asfalto, cerca de 200 instrumentistas vão dar o som pelas ruas de BH.

O trio elétrico do Abalô-caxi deve ser pequeno, com um carro de delay logo atrás. A duração é de cerca de 4 horas, com concentração do bloco a partir das 8h.

Bloco Abalô-caxi sai em defesa de questões sociais em seu discurso de Carnaval (Paulo Santos/BHAZ)

Casamento no desfile do Alô Abacaxi

Em 2018, o bloco parou o cortejo de 11 de fevereiro para celebrar a união do casal Lujackson e Márcio. A bateria e uma multidão de foliões acompanharam o momento emocionante. O cortejo passou pela avenida Augusto de Lima, no Barro Preto, região que possui histórico de ocupação e de resistência da classe LGBTQIAP+.

A bateria do Abalô-caxi abriu espaço para que os noivos pudessem desfilar até o carro de som, como uma espécie de altar. Após o “sim”, o bloco se levantou e a bateria voltou a embalar os foliões (relembre o momento aqui).

“O cortejo do Alô Abacaxi, para o ano de 2018, idealiza reforçar a importância desse espaço e da discussão e problematização que envolve as minorias, além de celebrar a diversidade, mantendo seu caráter de bloco identitário e reforçando suas raízes buscadas na Tropicália”, reforçaram os organizadores do bloco.

Trio do bloco Abalô-caxi no Carnaval de BH em 2023 (Paulo Santos/BHAZ)

Anota aí:

Data: 11 de fevereiro
Endereço: Início da Avenida Amazonas, Centro (próximo aos coqueiros)
Horário: 8h

Edição: Pedro Rocha Franco
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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