O bloco Abalô-caxi, novo nome do Alô, Abacaxi, nasceu de uma reunião despretensiosa entre amigos, em 2017. Coletivo de experimentação e bloco de Carnaval tropicalista LGBTQIAP+, o cortejo sai sempre na manhã de domingo do Carnaval de BH.
No ano de sua fundação, o bloco ficou somente no antigo Zona Last, bar que ficava no Horto, e agora dá as caras no Centro. O objetivo sempre foi dar voz às minorias, chamar a atenção da cidade para esse “abacaxi” no Carnaval.
Cadu Passos, coordenador de Comunicação, explica ao Guia BHAZ que, com o objetivo conquistado e o constante crescimento do bloco, a mudança de nome aconteceu em setembro de 2020. No ano que vem, o coletivo carnavalesco seguirá com o novo nome.
“Continuamos o mesmo, só que agora temos nosso espaço consolidado. O ‘alô’ era para chamar a atenção e, agora que a temos, vamos ‘abalar'”. Em 2023, o Abalô-caxi fez o primeiro desfile oficialmente com o novo nome.
O cortejo do Abalô-caxi acontecerá na avenida Amazonas, no Centro. O repertório do bloco passeia pela Tropicália e pela MPB, de maneira geral. Na bateria, que segue o cortejo no asfalto, cerca de 200 instrumentistas vão dar o som pelas ruas de BH.
O trio elétrico do Abalô-caxi deve ser pequeno, com um carro de delay logo atrás. A duração é de cerca de 4 horas, com concentração do bloco a partir das 8h.
Casamento no desfile do Alô Abacaxi
Em 2018, o bloco parou o cortejo de 11 de fevereiro para celebrar a união do casal Lujackson e Márcio. A bateria e uma multidão de foliões acompanharam o momento emocionante. O cortejo passou pela avenida Augusto de Lima, no Barro Preto, região que possui histórico de ocupação e de resistência da classe LGBTQIAP+.
A bateria do Abalô-caxi abriu espaço para que os noivos pudessem desfilar até o carro de som, como uma espécie de altar. Após o “sim”, o bloco se levantou e a bateria voltou a embalar os foliões (relembre o momento aqui).
“O cortejo do Alô Abacaxi, para o ano de 2018, idealiza reforçar a importância desse espaço e da discussão e problematização que envolve as minorias, além de celebrar a diversidade, mantendo seu caráter de bloco identitário e reforçando suas raízes buscadas na Tropicália”, reforçaram os organizadores do bloco.
Anota aí:
Data: 11 de fevereiro
Endereço: Início da Avenida Amazonas, Centro (próximo aos coqueiros)
Horário: 8h