‘Em situação de bueiro’: Bombeiros resgatam jovem durante bloquinho em BH e foliões comemoram

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Alyff Lelis curtia o Pior Bloco do Mundo, no Santa Efigênia, quando acabou tendo a perna presa em um bueiro da rua Maestro Dele Andrade (Reprodução/Redes sociais)

Um engenheiro de Belo Horizonte acabou passando por um susto enquanto aproveitava o pré-Carnaval ao lado dos amigos na sexta-feira (10). Alyff Lelis, 27, curtia o ensaio do Pior Bloco do Mundo, no Santa Efigênia, região Centro-Sul, quando ficou com a perna presa em um bueiro da rua Maestro Dele Andrade.

Ao BHAZ, o jovem conta que tinha acabado de chegar no bloco e que estava atravessando a rua para cumprimentar um amigo quando tudo aconteceu. Como a rua estava interditada, ele foi caminhando tranquilamente, mas sem prestar atenção por onde pisava.

“Não cheguei a ver o bueiro no caminho. Eu caí e percebi ser bem fundo. Minha perna agarrou na altura do joelho e não consegui mais tirar. Ou seja, eu caí quando ainda estava sóbrio. Como foi próximo do meu grupo, eles vieram rapidamente me acudir”, relembra.

Jovem foi resgatado pelos bombeiros

Os momentos iniciais foram de bastante nervosismo, segundo o relato do engenheiro. Antes da chegada dos bombeiros, que logo foram acionados, alguns amigos tentaram passar óleo na perna dele na tentativa de desprendê-lo.

“Um querido ligou rapidinho pro Corpo de Bombeiros e contou a situação. Nesse momento já estava tendo um contato com a PM também e o pessoal já tinha isolado a área com fita pra manter os demais distantes. Então fiquei só com poucos amigos ali dentro pra não aumentar o desespero”, explica.

A equipe do Corpo de Bombeiros demorou cerca de 40 minutos para chegar ao local. Nesse intervalo, Alyff tomou um analgésico por já imaginar que o resgate poderia lhe causar alguma dor. Com equipamentos adequados, os socorristas conseguiram abrir o ferro para que o jovem saísse do bueiro.

“No início até pulei na euforia, como mostra o vídeo, mas logo parei pois senti a dor. Depois disso uma querida me levou pra mercearia dela ali perto e me ajudou na higienização, enquanto meu amigo médico comprava remedinhos e curativo”, lembra.

‘Nossa cidade é agressiva às vezes’

O engenheiro comemora não ter tido nenhuma complicação depois do ocorrido, apenas algumas escoriações na perna. Por esse motivo, ele decidiu não procurar o hospital e garante que está inteiro para curtir o Carnaval de BH ao lado dos amigos.

Apesar de relembrar a situação com humor, Alyff Lelis acredita que o bueiro pode colocar em risco outras pessoas que passam pelo local. Ele apela para que a cidade seja olhada com mais cuidado pelo poder público.

“Acho loucura a cidade manter aquilo numa rua de bairro, onde atravessam pessoas todo o tempo. Detalhe que o negócio fica coladinho com uma faixa de pedestres”, diz ele. “Eu hoje levo na brincadeira, pois sei que não teve nenhuma consequência grave”, finaliza.

O BHAZ procurou a Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital), órgão vinculado à Prefeitura de Belo Horizonte, para saber se o local já passou por algum tipo de vistoria e aguarda o retorno.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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