Ela ajudou a organizar todo o cortejo de um dos maiores blocos do Carnaval de BH, mas, grávida de oito meses, foi questionada e se questionou se deveria desfilar pelas ruas sob sol quente e com um barrigão. Mas o espírito carnavalesco falou mais alto, e a publicitária Carolina Vaz de Melo saiu com o bloco Asa de Banana pela avenida Getúlio Vargas, na Savassi.
“Todo mundo me olhando e me achando doida, e sou doida mesmo”, diz em tom humorado a grávida. “Só de estar organizando um bloco de Carnaval, já sou doida”, acrescenta.
Prestes a ter a filha, ela não abriu mão de desfilar no Carnaval de BH, que, após dois anos, voltou às ruas da cidade. Inclusive, o bloco Asa de Banana abriu a folia com uma homenagem às vítimas da pandemia e a música famosa na voz do cantor Belchior: “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, diz trecho do refrão.
Além das dificuldades sanitárias, a pandemia impactou também financeiramente e foi um custo para colocar o bloco na rua. “Muito trabalho, mas, apesar da dificuldade financeira da galera, a expectativa é muito boa, como se fosse a primeira vez”.
O marido de Carolina aposta no nascimento da filha ainda nos dias de Carnaval. “Bom que já nasce sambando”, brinca a mãe. “Foi feita no meio da confusão do bloco, vai nascer no meio da confusão do bloco. Já vai ser carnavalesca também”.
E Carolina não é a única grávida do Carnaval de BH. A cantora Melissa Martins subiu no trio elétrico grávida de 6 meses para levantar os foliões do Asa de Banana, ao som de Chiclete com Banana e Asa de Águia.