Uma era de “chega mais, patrão”, e do conhecido tapinha no ombro chegou ao fim em um dos shoppings mais populares de Belo Horizonte. O Shopping Oiapoque proibiu os vendedores de abordar os clientes nos corredores com “tapinha no ombro, aperto de mão seguindo de puxar o cliente, abordagem aos gritos com expressões como ‘papai, patrão, patroa’, e demais gírias que gerem desconforto”.
A nota foi publicada nesta quinta-feira (16) pela administração do shopping e compartilhada pela página @bhemeupais, conhecida por reunir um acervo de pérolas produzidas na capital mineira. Ao BHAZ, a administração do Oiapoque confirmou a veracidade do comunicado.
“Temos como objetivo que o cliente tenha direito a escolha, e que possa andar sem ser abordado com gritos e palavras deselegantes”, explica o shopping no comunicado. Além disso, uma das preocupações é que nesses contatos diferenciados, trabalhadores e clientes se contaminem com a Covid-19.
“Reforçamos que é obrigatório o uso de máscara cobrindo a boca e o nariz”. Os lojistas que não respeitarem as novas normas estão sujeitos à “sanções administrativas”.
‘Gourmetizaram o Oiapoque’
Na publicação da página, os belo-horizontinos ficaram surpresos com a notícia, já que uma das características únicas do local é a forma que os vendedores chamam a atenção dos visitantes. “Fim de uma era”, diz um dos usuários. Já outro diz que apoia a nova norma. “Entendo que eles precisam vender porém o modo de abordagem deles é muito desconfortável”.
Já um dos seguidores afirma que “gourmetizaram o Oiapoque”. “E aí guerreiro, ainda pode? Acho massa me chamarem de guerreiro pq valoriza minhas batalhas diárias”, comentou outro.