Cinco regiões de Minas terão medidas mais restritivas na onda vermelha

Secretário de Saúde
Macrorregiões foram consideradas em cenários ‘epidemiológico e assistencial desfavoráveis’ (Fábio Marchetto/SES-MG)

Cinco macrorregiões de Minas Gerais, que já estavam na onda vermelha do programa Minas Consciente, passarão a ter medidas ainda mais restritivas para conter o avanço da Covid-19. A decisão foi tomada pelo Governo de Minas após reunião na manhã desta quinta-feira (3), em que as macrorregiões do Triângulo do Sul, Sul, Oeste, Leste do Sul e Centro Sul foram consideradas em cenários “epidemiológico e assistencial desfavoráveis”, o que aponta para um momento crítico da pandemia.

Além das restrições da onda vermelha, agora as cidades dessas cinco macrorregiões também deverão seguir as seguintes medidas:

  • Proibição de eventos, de atrativos culturais e naturais;
  • Proibição de academias, clubes e salões de beleza;
  • Alimentação em bares e restaurantes: limitados até 19h — após este horário, apenas delivery, sem retirada em balcão.

Cenários desfavoráveis

A classificação de uma macrorregião em cenários como o epidemiológico e assistencial desfavoráveis é feita a partir de metodologia proposta pela Sala de Situação da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em que os territórios em onda vermelha passam por análise minuciosa dos indicadores “Incidência” e “Espera por Atendimento”, para identificar as tendências de piora na transmissão da doença e na ocupação de leitos e possíveis filas.

“Esta gradação dentro da onda vermelha é importante, pois estamos em um momento heterogêneo da pandemia no estado, com cenários diferentes, porém críticos. Dentro destas diferenças, ressaltamos a necessidade de medidas mais restritivas, ainda, para evitar o estresse do sistema de saúde”, explicou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. Segundo ele, o momento ainda é de incidência alta da Covid-19 no estado.

A combinação dos dois indicadores resulta na classificação dos cenários, que podem variar: “epidemiológico desfavorável”, “assistencial desfavorável” ou “assistencial e epidemiológico desfavorável”. Em todos eles, passam a vigorar as medidas listadas acima.

Ondas

O estado tem, atualmente, 11 macrorregiões na onda vermelha e três na amarela, fase intermediária do Minas Consciente, plano criado pelo Governo de Minas para a retomada das atividades econômicas.

Segundo dados desta quinta-feira, extraídos às 7h50, 250 pacientes suspeitos ou confirmados para Covid-19 aguardam por internação em leitos de UTI, em Minas Gerais.

Força-tarefa

O secretário de Saúde destacou que as medidas ainda mais restritivas na onda vermelha somam-se à abertura de leitos, transferência de pacientes e às forças-tarefas que têm percorrido Minas Gerais, com monitoramento e orientações técnicas aos gestores locais para enfrentamento à pandemia.

Em maio, o grupo técnico da SES-MG esteve em Itajubá, Poço Fundo, Extrema, Três Corações, Alfenas e Passos. Em Itajubá, foram abertos 18 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e outros 20 para suporte ventilatório. Em Poço Fundo, foram abertos 10 leitos de UTI e, em Extrema, 10 leitos da mesma modalidade.

Feriado

Do acordo com o Governo de Minas, o feriado prolongado em virtude do Corpus Christi provocou intensificação das estratégias de comunicação para conscientizar a população. Neste período, a Polícia Militar de Minas Gerais fará rondas nos municípios para reforçar, por meio de carro de som, os protocolos mais restritivos da onda vermelha.

Ainda segundo o governo do estado, as festas clandestinas e aglomerações com dia e hora marcada estão sendo monitoradas pela PM por meio das mídias sociais, uma vez que estes eventos estão proibidos na onda vermelha em todas suas gradações.

Primeiros efeitos da vacinação

Apesar do momento ser considerado crítico, o secretário acredita que a vacinação traz esperança. Os dados mostram que tanto os óbitos como os números de casos de internação por Covid-19 vêm caindo entre a população idosa vacinada, dos 70 aos 90 anos ou mais.

Com Agência Minas

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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