[Coluna do Orion] Mais uma pesquisa tenta desvendar futuro eleitoral de Minas

Lula, Dilma e Pimentel estariam liderando em Minas

Mais um instituto de pesquisas tenta desvendar o futuro eleitoral dos mineiros. Desta vez, foi o Paraná pesquisas que aponta a liderança do governador Fernando Pimentel nas eleições estaduais do ano que vem; do ex-presidente Lula para presidente (em Minas) e da ex-presidente Dilma Rousseff para senadora em Minas. Todos do PT.

Mais difícil do que apontar um favorito ou aquele que poderia vencer as eleições, se elas fossem hoje, para governador e senador é descobrir quem serão os candidatos. Caso contrário, vai dizer que fulano lidera a corrida ali; beltrano ganha acolá. Ora, se não há um quadro definido, ou predefinido, de candidatos, a medição, na categoria estimulada, fica comprometida. Quais são os números da medição espontânea? Nessa hora, a um ano das eleições de 2018, e com um quadro aberto, elas seriam mais sinalizadoras.

A mesma pesquisa põe o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), em segundo lugar, e o senador Aécio Neves (PSDB) em terceiro lugar. Ambos não são, como sabido, pré-candidatos a governador.

Veja abaixo os resultados da pesquisa.

Dilma ganha mais seis meses para mudar de ideia

Apontada novamente como líder da disputa ao Senado, sem ser votada em Minas, a ex-presidente Dilma ainda não transferiu, e parece resistir, seu domicílio eleitoral para Minas. Poderá fazê-lo até 7 de abril de 2018, mas, até agora, sequer atendeu aos apelos dos petistas mineiros para uma conversa. Até quinta-feira (5), o prazo exigido por lei para o domicílio eleitoral era de um ano; com a reforma política sancionada pelo presidente Michel Temer, na sexta (6), caiu para seis meses.

Veja como ficou o Art. 9º da Lei nº 13.488, de 6 de outubro de 2017- “Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo”.

Confira os números da pesquisa Paraná

A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (9) pela Record TV Minas, foi feita entre os dias 30 de setembro e 5 de outubro. A Paraná Pesquisas entrevistou 1.507 eleitores, em 70 municípios mineiros. O grau de confiança do levantamento é de 95,0% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,5% para os resultados gerais.

Governo de Minas – Cenário 1

Fernando Pimentel – 24,4%

Alexandre Kalil – 18,8%

Aécio Neves – 13,1%

Márcio Lacerda – 8,5%

Rodrigo Pacheco – 5,6%

Dinis Pinheiro – 4,8%

Romeu Zema – 1,7%

Robson Andrade – 1,5%

Não sabe – 5%

Nenhum – 16,6%

Cenário 2

Fernando Pimentel – 31,1%

Márcio Lacerda – 11,6%

Rodrigo Pacheco – 6,8%

Dinis Pinheiro – 5,9%

Paulo Abi-Ackel – 4,2%

Fuad Nomam – 2,5%

Robson Andrade – 2,4%

Romeu Zema – 2,3%

Não sabe – 5,7%

Nenhum – 27,7%

CPIs investigam serviços da Copasa no interior

Os serviços da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), estão sendo investigados por CPIs em 19 cidades mineiras, entre elas, Carmo do Rio Claro (Sul). De forma geral, os serviços e as taxas cobradas estão sendo questionados, como aconteceu na audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa realizada, nesta segunda (9), em Carmo do Rio Claro.

O principal problema apontado foi com o esgotamento sanitário, serviço que não estaria sendo prestado pela empresa, apesar de estar sendo cobrado nas contas de água. Em CPI, os vereadores desta cidade estão investigando a atuação da estatal em alguns bairros, onde, segundo eles, o esgoto é jogado in natura em frente às casas, enquanto em outros é lançado nos córregos que deságuam no Lago de Furnas.

De acordo com os vereadores, a taxa de esgoto corresponde a quase 50% da conta de água onde há apenas a coleta de resíduos. Nos locais com coleta e tratamento de esgoto, essa taxa equivale a mais de 90% do valor da conta de água. Segundo os participantes da audiência, o tratamento do esgoto só começou a ser estruturado em 2016, oito anos depois do início da cobrança pelo serviço.

Os representantes da Copasa afirmaram que os investimentos para melhorar os serviços estão em conformidade com o cronograma pactuado no contrato assinado com a prefeitura. De acordo com Cristiano Lara, gerente de concessões, a Copasa era responsável apenas pelo fornecimento de água até 2007 e, naquele ano, o município contratou o serviço de esgotamento sanitário.

“Não tem como implantar tudo isso de uma hora para a outra. Isso é feito de forma gradativa, até universalizar o serviço”, disse o gerente, afirmando que o cronograma para tais obras tem sido cumprido. Ele informou ainda que as tarifas não são determinadas pela Copasa, mas pela Arsae-MG, a agência reguladora do setor.

PPS comemora 25 anos na ALMG

Em comemoração aos 25 anos de criação do Partido Popular Socialista (PPS), a Assembleia Legislativa realizou Reunião Especial de Plenário na noite desta segunda (9).

A homenagem foi solicitada pelo deputado Antônio Jorge (PPS). “O PPS tem uma história inquestionável de lutas a favor da sociedade brasileira. Sua grande fortaleza é a coerência, ao longo de décadas, com os princípios democráticos e da boa prática política”, afirmou o deputado.

O partido foi fundado em 26 de janeiro de 1992, em São Paulo (SP), por decisão de parte da executiva nacional do Partido Comunista Brasileiro (PCB) de fundar um novo partido.

Estado libera R$ 2,2 mi em atraso para Apaes

As quase 30 entidades conveniadas com o Estado para abrigar adultos com deficiência, provenientes da antiga Febem, deverão receber em suas contas, até esta terça-feira (10), repasses no valor total de R$ 2,2 milhões, que estavam em atraso desde agosto. O anúncio do pagamento do convênio Casa Lar foi feito durante audiência pública realizada, nesta segunda (9), pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa.

Representantes da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e pessoas com deficiência lotaram o auditório para se queixar do atraso de dois meses nos repasses, mas não se mostraram animados com o compromisso do governo em quitar a dívida. De acordo com a presidente da Apae BH, Judith Monteiro, mesmo com a liberação dos recursos, o governo não reajustou os valores em 11%, como foi prometido em abril. Além disso, a direção das Apaes teme não receber o próximo repasse, em dezembro.

A Apae tem oito casas lares em Belo Horizonte: cinco em casas próprias e três em imóveis alugados. A diretora de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), Tatiane Patrícia dos Reis Sansão, que representou o governo, concordou que o valor do benefício está defasado e admitiu a falha em não cumprir os 11% de reajuste prometidos. “Estamos pleiteando junto às Secretarias de Fazenda e de Governo, mas não podemos assegurar uma data”, afirmou.

(*) Jornalista político; leia mais no www.blogdoorion.com.br

Orion Teixeira[email protected]

Jornalista político, Orion Teixeira recorre à sua experiência, que inclui seis eleições presidenciais, seis estaduais e seis eleições municipais, e à cobertura do dia a dia para contar o que pensam e fazem os políticos, como agem, por que e pra quem.

É também autor do blog que leva seu nome (www.blogdoorion.com.br), comentarista político da TV Band Minas e da rádio Band News BH e apresentador do programa Pensamento Jurídico das TVs Justiça e Comunitária.

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