[Coluna do Orion] Vice-governador sonha com intervenção para tirar PMDB de Pimentel

Outrora aliados, Antônio Andrade e Pimentel são adversários políticos

Voltou à última reunião da executiva estadual do PMDB, na sexta (25) o interminável debate sobre os rumos do partido na sucessão estadual do ano que vem. Voltou, porém, sem rumos ou definições. A maioria da executiva estadual, bem como da bancada estadual, liderada pelo presidente da Assembleia,  Adalclever Lopes, quer reeditar a aliança com o PT do governador Fernando Pimentel; a ala liderada pelo presidente estadual e vice-governador Antônio Andrade quer distância do PT e busca caminho próprio ou aliança com os tucanos. Com menor influência na executiva, Andrade e aliados sonham com intervenção da executiva nacional para vencer os rivais internos.

Como adiantamos aqui, a reunião ‘pegou fogo’ quando foram discutidas as medidas adotadas por Andrade no interior mineiro. Para ter controle sobre os diretórios municipais, Andrade teria criado coordenadores regionais com influência sobre os outros. Como a medida foi tomada sem consulta ou aval, membros da executiva estadual tentaram desfazê-la. Nova reunião foi marcada para isso.

Acordão para manter vetos do governador

Sem os grandes embates de antes, entre governistas e oposicionistas, a Assembleia Legislativa tenta votar dois polêmicos vetos do governador Fernando Pimentel. Um mexe com aliados, o outro, nem tanto. O primeiro deles refere-se à anistia a servidores da educação que participaram de greves no ano de 2015. O segundo, à anistia a policiais militares que participaram da histórica greve de 97.

Em ambos os casos, o governador alegou vício de iniciativa, ou seja, que seria competência dele apresentar o projeto. No caso dos professores, que estão de bem com o governo, o veto deverá ser mantido em plenário, mas a anistia vai acontecer por meio de medidas administrativas.

De acordo com o líder do governo, Durval Ângelo (PT), Pimentel já mandou suspender o desconto dos dias de greve dos professores que participaram do movimento e repuseram as aulas. A medida teria sido aceita por 6 mil servidores, e outros 900 que não concordaram terão até 2018 para negociar a reposição dos dias cortados.

Já no caso dos policiais, que foram anistiados em 99, mas integrados apenas pelo Corpo de Bombeiros, também será mantido o veto para o retorno à Polícia Militar, porque, ali, o Alto Comando não aceita os grevistas. “A exclusão pela participação no movimento reivindicatório de 1997 não se coaduna com o regime democrático em que vivemos”, justificou o deputado Sargento Rodrigues (PDT).

(*) Jornalista político; leia mais no www.blogdoorion.com.br

Orion Teixeira[email protected]

Jornalista político, Orion Teixeira recorre à sua experiência, que inclui seis eleições presidenciais, seis estaduais e seis eleições municipais, e à cobertura do dia a dia para contar o que pensam e fazem os políticos, como agem, por que e pra quem.

É também autor do blog que leva seu nome (www.blogdoorion.com.br), comentarista político da TV Band Minas e da rádio Band News BH e apresentador do programa Pensamento Jurídico das TVs Justiça e Comunitária.

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