A BYD está prestes a iniciar as obras de sua fábrica em Camaçari (BA), e enquanto se prepara para esse marco, comemora um notável crescimento nas vendas no Brasil e a expansão de sua rede de concessionárias. Com investimentos também no pós-venda, a montadora chinesa almeja se destacar no mercado de veículos eletrificados.
A trajetória ascendente da marca já começou a se desenhar. Uma ação de vendas ocorrida em 23 de setembro surpreendeu ao fazer a BYD comercializar 603 unidades, conquistando a liderança no ranking de veículos elétricos e híbridos no Brasil, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Esse feito superou a Toyota, até então líder, que emplacou 1.741 unidades, e a GMW, que ficou em terceiro lugar com 1.307 unidades. O novo modelo, Dolphin, liderou o ranking com 1.036 unidades vendidas.
Dolphin é o carro-chefe da BYD
O compacto elétrico Dolphin também é motivo de orgulho em Minas Gerais, onde a BYD é representada pelo grupo Águia Branca, que tem se destacado no cenário automotivo. Recentemente, em um evento na concessionária GoGreen, a gerente comercial Luciana Caldeira anunciou a venda de 270 unidades do Dolphin no mercado mineiro, incluindo Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberlândia, demonstrando resultados surpreendentes e metas ambiciosas para o futuro.
Para sustentar esse sucesso comercial, o grupo planeja expandir suas concessionárias em Minas Gerais, com a meta de alcançar 20 delas até 2025. Belo Horizonte, por exemplo, receberá novas concessionárias na região da Pampulha e em Lourdes, na Zona Sul.
Produção na Bahia
Essa ambição de expansão não é exclusiva de Minas Gerais, pois a BYD pretende aumentar suas operações em todo o país, passando das atuais 30 para 100 operações até o final do ano. Isso ocorre em preparação para o início da produção local na Bahia e o lançamento de novos produtos, que exigirão uma maior presença nacional.
Com um investimento de R$ 3 bilhões, a fábrica em Camaçari permitirá preços mais competitivos e tornará o sonho de tornar um veículo elétrico uma realidade para muitos. O complexo contará com três células fabris, incluindo a produção de chassis para ônibus e caminhões elétricos, automóveis híbridos e elétricos, além do processamento de lítio e ferro fosfato para atender ao mercado externo. A previsão é que as fábricas comecem a operar no segundo semestre de 2024, criando mais de 5 mil empregos.
