Milito x Larcamón: Treinadores serão tão protagonistas quanto os jogadores na final do Mineiro

Milito x Larcamón: Treinadores serão tão protagonistas quanto os jogadores na final do Mineiro

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Este clássico marcará o terceiro confronto entre os técnicos Gabriel Milito e Nicolás Larcamón. Cada um tem uma vitória defendendo clubes pelo campeonato do Chile (Foto: Pedro Souza/Atlético)

Ambos argentinos, porém, de escolas distintas, mas, certamente, iguais numa filosofia bem típica deles: gana, determinação! Interessante também é que não será o primeiro enfrentamento entre eles.

Em 2017 o atual técnico do Cruzeiro dirigia o Antofagasta do Chile, e derrotou o O’Higgins, do Gabriel Milito, por 2 x 0, na casa do O’Higgins. Em 2018 foi a vez de Milito vencer Larcamón: 2 x 1. Ele no O’Higgins, Larcamón no Huachipato. Jogo novamente no Estádio El Teniente, em Rancagua, casa do O’Higgins.

Milito chegou a Belo Horizonte com atos e discurso completamente diferentes da maioria dos técnicos brasileiros. Do aeroporto deu “uma passada” no hotel e foi para o gramado da Cidade do Galo, conhecer os jogadores e iniciar o trabalho. Já anunciando que vai se sentar no banco de reservas e comandar o time nos jogos finais do campeonato.

Na primeira entrevista coletiva, ontem, disse: “Clássico não pode falhar, tem que ganhar”. Totalmente diferente do antecessor, que tinha fama de motivador, mas que tratou o primeiro jogo contra o Cruzeiro, na “casa própria” do Galo, como “apenas mais um jogo”.

Perdeu o primeiro e perdeu o segundo, nem aí para o sentimento do torcedor, como se uma partida contra o maior rival fosse como uma qualquer outra. Para ele, sim, em fim de carreira, sem mais nenhum objetivo a buscar na profissão e que iria embora na primeira turbulência, como foi.

Larcamón chegou sob desconfiança, por ser um jovem desconhecido do futebol brasileiro, porém, logo de cara ganhou crédito, pela forma aguerrida do Cruzeiro jogar e aplicação tática dos jogadores.

Com um grupo inferior tecnicamente ao Atlético, ganhou o clássico, na Arena do Galo, no dia três de fevereiro. Deu um baile no Felipão, que antes da partida o cumprimentou no gramado dizendo: “sinta-se em casa”. A confiança nele passou a ser tão grande que nem a eliminação da Copa do Brasil, 18 dias depois, na primeira rodada, pelo Sousa, da Paraíba, abalou o seu prestígio na Toca da Raposa.

Certamente, serão dois ótimos jogos para se assistir, com todos os ingredientes dos grandes clássicos: tensão de ambos os lados, nervos à flor da pele, determinação e até futebol bonito. Este “até”, porque clássicos assim são mais decididos nos erros que nos acertos, em função do nervosismo, ou então, por um lance genial de algum jogador diferenciado ou que faça diferença em algum momento da partida. Imperdível.

Pena que tenha havido esse acordo idiota de torcida única do mandante. Atestado de impotência, omissão e incompetência dos dirigentes dos clubes, da FMF e das autoridades públicas responsáveis pela segurança, que ao invés de prender e punir os bandidos, punem o cidadão de bem, maioria da população, que não pode exercer o seu direito de ir a um estádio de futebol.

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