Minas Gerais: O pilar do mundo

Mina da Passagem Mariana
Município de Mariana, Mina da Passagem (Arthur Senra/Arquivo pessoal)
arthur senra

Minas Gerais é parte importante da história mundial, você sabia?

A experiência de viajar, conhecer lugares e estruturas é umas das formas de ter contato com a história. É grandioso poder estar em um ambiente onde vidas humanas estiveram e construíram o que está ali a custo, inclusive, de algumas de suas próprias vidas.

A Mina da Passagem em Mariana é um desses lugares grandiosos, que mexe com a gente. Mais de 30 km de mina abrigam uma história que começou com o sangue e o suor dos escravos e seguiu, não muito distante do sofrimento humano, por mais de uma centena de anos. 

Município de Mariana, lago na Mina da Passagem (Arthur Senra/Arquivo pessoal)

35 toneladas de ouro foram retiradas dessa mina, ouro que financiou a 1º grande revolução industrial. Sim, o ouro retirado do Brasil foi o principal financiador da revolução. 

Como brasileiros, somos parte do desenvolvimento humano, fomos o pilar da revolução que representa o começo da era moderna. Saber disso e saber o que isso nos custou faz com que tenhamos consciência de quem somos e de que papel queremos continuar representado nesse cenário histórico.

Município de Mariana, Mina da Passagem (Arthur Senra/Arquivo pessoal)

Para mim, estar a 120m abaixo da terra, sentir o frio, o cheiro, a umidade e o silêncio inquietante da mina é sentir o peso do mundo sobre minha cabeça. 

E no eco do vazio das galeria dessa mina, me tocou ainda mais saber que meu avô, Chico Anjo, trabalhou quando adolescente ali. Ele levava marmita para os irmãos José Macabeu e Vital, mineiros de profissão. 

Eu, mineiro de nascença, tenho a oportunidade de voltar ali para apreciar um local que custou o suor dos meus antepassados.

Não deixe de ter essa experiência e saber mais da sua história. 

Me conte no Instagram ou aqui nos comentários qual local representa o passado da sua família. Quem sabe ele não será a próxima aventura desta coluna.

Arthur Senra[email protected]

Olhar com empatia, se entregar por completo ao momento do registro e se apaixonar por cada instante é o que torna Arthur Senra o fotógrafo que é. Sua trajetória profissional começou na publicidade, mas logo encontrou na fotografia o ofício que exerce em seu estúdio, o Ponto 618. A fotografia também é a ferramenta de expressão que Senra apresenta em seu livro “Vitória aos Montes Gerais”, em exposições como “Desassossego do eu”, “Recortes do Silêncios”, “Negro sobre Preto” e agora aqui no BHAZ, sempre tendo o humano como tema central.

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