Marvel se supera em ‘Capitão América: Guerra Civil’

Desavenças entre Homem de Ferro e herói que dá nome ao título resultam no melhor confronto entre super-heróis já visto no cinema.

Ao sair da sala de cinema, a vontade é bater logo o martelo: Guerra Civil é o melhor filme da Marvel, e ponto final. No entanto, passados os primeiros impactos causados pelo filme, após colocar a cabeça no lugar e relembrar do primeiro Homem de Ferro (2008), de Os Vingadores (2012) e dos Guardiões da Galáxia (2014), o veredicto ressurge um pouco mais ponderado: Guerra Civil é o melhor filme da saga Capitão América.

O terceiro filme do Capitão América conta com um trabalho impecável de edição, com incrível adaptação do roteiro da HQ homônima e com as melhores cenas de ação já vistas em filmes de super-heróis. Indubitavelmente, trata-se de uma das maiores megaproduções de entretenimento do cinema nos últimos tempos. Trata-se de mais um espetáculo de imagens concebido pela Marvel Studios. Trata-se de Capitão América: Guerra Civil, que vem formando filas nos cinema de Belo Horizonte desde o seu lançamento — quinta-feira última (28/4/16).  

Pense em 12 super-heróis debelando-se de uma só vez. Somente um trabalho virtuoso, cuidadoso e primoroso de edição para organizar, em cena, tanta pancadaria. Na tomada em que alguns membros dos Vingadores, liderados pelo Capitão América (Chris Evans), entram em confronto com o Homem-Aranha (Tom Holland), Viúva Negra (Scarllet Johansson), Pantera Negra (Chadwick Boseman), Visão (Paul Bettany) e War Machine (Don Cheadle) — sob a liderança de o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) —, perdemos o fôlego. São cortes frenéticos, movimentos de câmera trepidantes e efeitos visuais alucinados. A cena é também um prato cheio para o humor. Destaque para o super-herói adolescente, Homem-Aranha, e para o fanfarrão Homem-Formiga. Suas idiossincrasias arrancam boas risadas dos espectadores.

Contudo, para entender o que levam os heróis ao franco combate, sem mesmo a presença marcante de um vilão, vamos ao enredo: diferentemente das produções antecessoras ao Guerra Civil, no terceiro filme da saga, o roteiro é carregado de aspectos políticos, dramas e questões factuais. Após o trágico desfecho de uma missão dos Vingadores, o Homem de Ferro sugere que as atividades dos super-heróis devem ser monitoradas por um órgão soberano — controlado pela Organização das Nações Unidas (ONU) —, afim de reduzir ameaças aos civis. Portanto, Steve Rogers, o Capitão América, discorda prontamente. Somado a isso, ataques terroristas são atribuídos ao seu melhor amigo, o Bucky Burners, conhecido no meio como Soldado Invernal.

Enquanto Tony Stark — o Homem de Ferro — lança uma caçada ao Soldado Invernal, Capitão América investe em proteger o amigo. Eis que eclodem as desavenças entre os dois super-heróis.

No momento do grande combate entre Homem de Ferro e Capitão América, o filme atinge o alto do arco dramático. Uma luta para deixar os fãs de cabelo em pé. Inevitavelmente comparando ao recém lançado Batman vs. Superman: A Origem da Justiça (2016), o confronto Capitão América vs. Homem de Ferro é mais violento, sanguinolento e cruel.

Com enredo inteligente e politizado; em meio a efeitos visuais sem precedentes nos filmes de ação; e, finalmente, sob o trabalho magnífico de direção dos irmão Russo (Anthony Russo e Joe Russo), a Marvel Studios se supera em Guerra Civil.

Bastante aclamado pela crítica especializada e campeão de bilheterias mundo afora, o terceiro filme da saga Capitão América é entretenimento de alto nível. Imperdível.

Em cartaz em todos os cinemas da capital.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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