O mínimo que você precisa para acompanhar uma transmissão de Counter-Strike:Global Offensive

Estrutura de transmissão da E-League durante jogo do brasileiro LG, atual SK (Divulgação/E-League)

Após cerca de uma década, o Counter Strike voltou a bombar com a mais recente versão: Global Offensive. Competições pelo mundo afora batem recorde atrás de recorde de premiações – chegando a até outrora inimagináveis R$ 4,2 milhões – e públicos.

Com brasileiros ocupando o topo do ranking mundial novamente, o e-sport voltou a ter grande força no país e angariar mais e mais curiosos e torcedores por aqui. Diante deste cenário, muitas pessoas estão voltando a acompanhar o jogo depois de muito tempo – ou simplesmente passaram a se interessar pelo cenário competitivo recentemente.

Algumas empresas de televisão inclusive adotaram as transmissões online do jogo de tiro, como é o caso do competente trabalho sendo realizado pelo pessoal do Esporte Interativo. Agora, o CS:GO pode ser acompanhado ao vivo pela TV.

Emissoras de TV estão investindo em equipes com narradores e comentaristas (E. M. Pio Roda/TBS)
Emissoras de TV estão investindo em equipes com narradores e comentaristas (E. M. Pio Roda/TBS)

Para você conseguir acompanhar todos os termos em uma transmissão, preparamos uma introdução ao “be-a-bá” do extenso vocabulário técnico do game.

Confira!

Economia

Não vamos entrar aqui em detalhes do funcionamento dessa mecânica vital do jogo, pois isso, por si só, merece um artigo dedicado. Porém, por ser um dos principais elementos do jogo, existem situações que ditarão o ritmo do round, como os exemplos abaixo: 

  • Forçar ou Force buy: É uma situação que o time decide, apesar do orçamento limitado, investir ao máximo em equipamentos, para tentar reverter a situação. Bastante frequente especialmente quando perdem o primeiro round do jogo – chamado de pistol round -, os jogadores decidem comprar pistolas melhores, coletes, granadas e tudo mais que a verba limitada permitir – o que também é chamado de piscolete.
  • Eco: Abreviação de “econômico”, é quando um time compra literalmente nada – eco total – ou quase nada – uma granada ou outra, ou uma pistola melhor aqui e ali. A intenção é acumular o dinheiro para o próximo round.
  • Armado: É quando ambas equipes possuem fundos suficientes para um arsenal completo de rifles, granadas e coletes. É quando realmente podemos ver a habilidade das equipes colocadas à prova, pois estão em condição de igualdade.
  • Economia resetada ou quebrada: Quando uma equipe perde rounds em sequência, ela recebe um valor que se acumula, o chamado loss bonus. Esse bônus começa em U$1.900 e vai até U$3.400, alcançado a partir do 5º round perdido em sequência.

É bastante frequente ouvir narradores e comentadores mencionando que o time X quebrou a economia do time Y, e isso se dá quando uma equipe que vinha perdendo em sequência vence 1 round, mas perde o outro logo em seguida. Dessa forma, o time não teve tempo de acumular fundos com vitórias consecutivas e, ao mesmo tempo, perdeu o seu loss bonus máximo. Isso significa 2 rounds econômicos, na maior parte dos casos.

Situações de jogo

No meio do round existem algumas ações que os jogadores tomam que devem ser facilmente compreendidas por alguém que quer assistir um jogo profissional de Counter Strike. Algumas dessas situações são:

  • Clutch: É um momento em que um time se encontra em menor número em um round, e precisa reverter a situação. Pode se aplicar também a momentos decisivos críticos, como um contra um. Existem algum jogadores que chamam a atenção pela sua habilidade em lidar com situações como estas, chamados de “clutch masters” por alguns narradores, como o brasileiro fnx, o sueco flusha ou o norueguês rain. O seu oposto é o choke, que no bom português podemos traduzir livremente para o bom e velho amarelar.
  • Rotação: É o movimento realizado, principalmente pelos Contra-terroristas, para se deslocar de um ponto de defesa, para o outro.
  • Fake: É a atitude de fingir alguma ação dentro do jogo, principalmente quando falamos de invasão de bombsites por parte dos terroristas, ou quando um contra-terrorista finge que vai defusar a bomba. No primeiro, é uma tentativa de forçar uma rotação e pegá-los desprevenidos, com a defesa enfraquecida. Já no segundo, em uma situação de retake, ou retomada de situação com bomba armada, você apenas clica na C4 para fazer com que os terroristas saiam das posições de defesa. É nesse tipo de situação que pode ocorrer o ninja defuse, que é quando um CT passa despercebido pelos terroristas e desarma a bomba, com vários inimigos vivos.
  • Split: Bastante comum em rounds forçados (ver acima), é quando o time terrorista se divide para atacar um bombsite por duas rotas ao mesmo tempo. Um clássico exemplo, é o split B na dust2, quando 2 jogadores invadem pelo túnel, e outros 3 pelo meio, ou vice-versa.

Tiroteio

Obviamente, existem algumas expressões que podem passar despercebidas pelo espectador novato, e a compreensão delas facilita o aproveitamento de uma partida, como podemos ver abaixo:

  • Abrir pixel: Esse termo é usado para descrever a ação de um jogador avançando e mirando calmamente em um ponto comum de defesa. Pixel, quando falado no CS:GO, é o ponto específico aonde a mira está posicionada, e esta ação é manter a mira e ir aos poucos clareando aquele espaço determinado. É uma ação que deve ser masterizada, principalmente quando você está realizando a função de entry fragger.
  • Pescar: Quando um jogador, consegue fazer uma eliminação no começo ou meio do round, é chamado de “pescar”. Bastante usado no início, muitas vezes avaliando a posição que você nasceu no round – chamado de respawn – para tentar chegar mais rápido em um ponto e eliminar um inimigo. Claro que o time Terrorista faz bastante isso para tentar abrir melhor os bombsites, mas muitos CT’s também tomam posições avançadas para surpreender o Terrorista e recuar, desestabilizando a ofensiva.
  • Spray: Dentre as técnicas de tiro de Counter-Strike, como os “one-taps”, que é atirar com apenas uma bala por vez, ou o “burst”, que são rajadas de 3-5 balas intercaladas, a principal é o “spray”. Essa maneira de atirar consiste em manter o botão de tiro pressionado, o que vai fazer com que a trajetória das balas comece a se desestabilizar, devido ao recuo da arma. O spray consiste em controlar essa trajetória, conseguindo acertar a maioria delas, mesmo com o recuo querendo tirar seu controle. Nesse caso, é melhor mostrar do que falar: assista abaixo um vídeo do grande FalleN falando sobre isso.

  • Pop Flash: A granada de luz do Counter-Strike, comumente conhecida como flashbang, é fundamental e uma das principais ferramentas do jogo, cegando os inimigos durante um breve período de tempo. A técnica da pop flash consiste em arremessar uma granada de um jeito que ela não vai quicar na frente do oponente, mas sim já surgir na sua frente explodindo, não dando a chance do inimigo desviar dela.

Finalizando…

Pessoal, existem muitos outros termos dentro do CS, principalmente quando falamos de posições no mapa que precisam ser compreendidas, e termos mais avançados de jogo. Mas o objetivo aqui é cobrir o básico e o fundamental para enriquecer a experiência de assistir e jogar.

Esse tipo de conteúdo só será completo com a ajuda de vocês! Esquecemos algum termo? Erramos em algum? Por favor, comentem aqui para aprendermos e entregarmos o melhor conteúdo para vocês!

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