Eleição no Atlético: candidatura de Frederico Bolivar recebe manifesto de apoio

Eleição no Atlético: candidatura de Frederico Bolivar recebe manifesto de apoio

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Bolivar tem até o próximo dia 27 para registrar sua chapa. A eleição será em 12 de dezembro (Foto: #borapraresenha)

Enquanto busca as 50 assinaturas de conselheiros exigidas pelo estatuto para registrar a candidatura, o advogado e jornalista Frederico Bolivar vai conquistando apoios entre atleticanos de todas as áreas. Ele tem até o próximo dia 27 para o registro. A eleição será dia 12 de dezembro.


Neste fim de semana, um dos alvinegros mais famosos da massa, Fred Melo Paiva escreveu um belíssimo texto contando um pouco da história do Bolivar e falando da importância da candidatura dele à presidência do Galo:

* “Avante, General, o nosso Galo precisa de você!”

Nos bastidores do Galo, a melhor notícia dos últimos meses é o lançamento da pré-candidatura de Frederico Bolivar à presidência do Atlético. Bolivar é figura conhecida e querida pelo torcedor atleticano. Uma relação que se estreitou a partir de 2005, quando fez sua estreia na bancada do programa Alterosa Esporte. Que tarefa hercúlea era defender o Galo naquele ano tenebroso do rebaixamento. Pobre Bolivar.

No entanto, o General, como alguns o chamam, tinha suas armas. A principal delas, uma atleticanidade de quatro costados que ele podia traduzir como poucos. Porque realmente sabia – e sabe – do que se trata a nossa paixão. Os valores que ela carrega, nossos calos e nossas dores, nosso compromisso social com o povão que a levou nas costas e no coração.

Porque generais me remetiam à ditadura, ou a figuras mais novas e não menos lamentáveis, fazia sempre a ressalva: Bolivar, “o único general que a gente respeita”. Eu o conheci em 25 de julho de 2013. Sentei no Bar do Salomão, dia seguinte à conquista da Libertadores, disposto a cumprir o sonho antigo: beber o bar inteiro e celebrar o “título impossível” como se não houvesse amanhã.

O que de fato não houve. Atravessei o dia e a noite na companhia daquela maravilhosa figura, que havia passado de carro e me visto sozinho, iniciando os trabalhos. Apresentou-se, sentou-se à mesa, fez com que eu autografasse a coluna da vitória que ele trazia impressa no bolso. Choramos e nos abraçamos, rimos e bebemos. A gente sabia o que tinha se passado em 42 anos de espera. E, sobretudo, sabia a força que havia na nossa incrível capacidade de acreditar.

Poucos anos depois, Bolivar se mandou para a França, onde tornou-se Mestre em Gestão de Organizações Esportivas pela Universidade de Toulouse. Conheceu por dentro grandes clubes europeus, percorreu seus estádios, compreendeu os erros e acertos nas ligas mais importantes do mundo. Advogado de formação, preparou-se de verdade para o sonho que hoje acalenta. De seu “autoexílio”, como diz o próprio, saiu o atleticano certo na hora certa.

A candidatura de Bolivar não é uma lufada de esperança apenas porque, eleito, teríamos um verdadeiro representante da Massa na cadeira de presidente. Não apenas porque ele se preparou para a tarefa. Mas, principalmente, porque o surgimento da SAF confere aos 25% do Galo que ainda pertencem ao clube algumas responsabilidades cruciais para o nosso futuro.

Cabe a esses 25% a missão de fiscalizar o que faz a SAF, dona dos 75% restantes. Cabe aos 25% a defesa de valores que não são exclusivos do dinheiro, mas inerentes à nossa história e fundadores da nossa paixão. Cabe aos 25% a defesa da democracia dentro de uma instituição que agora tem dono e cujas eleições se pretendem um jogo de cartas marcadas em que um lado escolhe e o outro apenas endossa. E que por fim se tenha na Presidência, a exemplo de Sérgio Coelho, uma rainha da Inglaterra.

Não é saudável para o clube nem para a própria SAF que a pouca democracia que se tinha através do Conselho Deliberativo seja enterrada de vez. Ao contrário, o ideal seria ampliá-la. A candidatura de Bolivar é a oportunidade única para se impor um sistema de pesos e contrapesos capazes de regular a relação entre os novos donos do Galo, a associação que restou do clube como o conhecemos e sua massa de torcedores comuns. Se a gente desperdiçar essa chance, vai ser muito difícil reverter as coisas lá frente.

Que o Conselho tenha a sabedoria e a independência necessárias para saber avaliar a conjuntura, mesmo que tenha sido aparelhado pelos novos donos do Galo com a óbvia função de torná-lo apenas um puxadinho da SAF. Que a resposta a isso fique representada pela efetivação da candidatura do nosso Bolivar. Avante, General, o Galo precisa de você!

* Jornalista Fred Melo Paiva

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