A opinião não é minha. É do Christiano Jilvan, jornalista que conhece mais que eu o dia a dia do Cruzeiro e do futebol carioca. Entendo que a demissão do português Pepa foi na hora errada e desnecessária pelo que ele vinha dando de retorno com o elenco que tem nas mãos. Mas, isso é passado e o Cruzeiro inicia uma nova era neste jogo contra o Santos na Vila Belmiro.
Uma verdadeira encruzilhada, onde o empate é ruim para ambos e derrota é desespero. Vitória é respiro, momentâneo.
De tudo que sei, ouvi, li e vi sobre o Zé Ricardo, concordo com tudo com que me disse o Christiano Jilvan, montesclarense que mora na Dinamarca, reclamando que o verão lá está acabando. Diz ele sobre o técnico sucessor do Pepa:
_ Sou dos poucos que gostaram da mudança. Zé Ricardo é um cara do bem, gosto muito do trabalho dele. Quando a pessoa tem uma ascensão na carreira, gradativa, sem pressa, sem queimar etapas, principalmente com o aval de quem conhece futebol, é diferenciada. É o caso dele, que foi fundamental naquela transição do Flamengo, quando o presidente Bandeira de Melo pôs o pé na porta e falou: _ O Flamengo não vai ganhar nada agora, nós vamos arrumar a casa, mas vocês vão ver lá na frente!
E o Zé Ricardo comprou a ideia, inicialmente como interino e depois efetivado. Foi ele quem bancou a meninada e pôs pra jogar. Aquela pá de meninos que o Flamengo lançou, muitos vingaram, alguns viraram fortuna, foi ele quem lançou.
E fez isso no Vasco também. Sabe trabalhar com orçamento, limitação de elenco. Principalmente com jovens. Tem argumentação muito boa, de convencimento, de jogar a galera para cima.
Lançou Vinícius Junior; Andrey no Vasco, Filipe Viseu; Wesley atacante que está no Cruzeiro foi lançado por ele. Ou seja, sabe das potencialidades.
O pecado do Pepa foi achar que o Cruzeiro eram 14, 15 jogadores só. Ele não testava com a molecada as alternativas táticas que poderia criar. Daniel Junior foi embora sem chances de verdade. Não administrar bem indisciplina boba como a do Wallisson, de faltar a um treino. Mandar o camarada de um potencial desses para um time pequeno (Moreirense) lá de Portugal (R$ 1,7 milhão por 40% dos direitos econômicos do jogador), não é por aí!
Sucesso ao boa gente José Ricardo Mannarino, carioca de 52 anos, que inicia hoje a trajetória no Cruzeiro
