A volta às aulas presencias no ensino médio em Belo Horizonte será tema de um encontro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, na tarde desta quarta-feira (14). A reunião será realizada na prefeitura da capital mineira. O fato de indicadores de monitoramento terem voltado ao nível de alerta preocupa um dos integrantes do grupo, que foi entrevistado pelo BHAZ. Apesar disso, as expectativas são de melhoras.
A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) utiliza o MR (Matriciamento de Risco) como critério para abertura e fechamento das escolas do município. Conforme o Boletim Epidemiológico e Assistencial de ontem (13), o índice está em 72% – o que permite o retorno às aulas para crianças até 5 anos e 8 meses e até 12 anos.
O MR é medido, conforme informado pela prefeitura, “pela incidência de Covid-19 a cada 100 mil habitantes e sua tendência, a taxa de mortalidade (que implica na pressão sobre o sistema de saúde) e sua tendência”. Veja a relação de percentual e as recomendações para cada limite de percentual.
Limite do percentual | Recomendações |
Abaixo de 50% | Fechamento de todas as escolas, permissão somente para aulas on-line (virtuais) |
De 50% até 70% | Retorno às aulas presenciais somente para crianças até 5 anos e 8 meses |
De 71% até 80% | Retorno às aulas presenciais somente para crianças até 5 anos e 8 meses e para crianças até 12 anos |
De 81% até 90% | Retorno às aulas presenciais somente para crianças até 5 anos e 8 meses, crianças até 12 anos e adolescente até 18 anos |
De 91% até 100% | Retorno às aulas presenciais, sem restrição, para todas as escolas |
Preocupação
Belo Horizonte voltou a ter todos os três indicadores da pandemia (RT, ocupações de UTI e enfermaria) no nível de alerta. Isso, segundo o infectologista Unaí Tupinambás, poderá afetar a volta às aulas presenciais do ensino médio, mas ele se mostra esperançoso quanto aos números.
“Nossa expectativa é de que os indicadores melhorem. Estamos avançando na vacinação. O único grande problema é a variante delta. Os números indicam redução de casos, diagnósticos de síndrome respiratória e gripal, temos percebido redução na internação hospitalar e isso é por conta da vacina”.
A variante citada pelo integrante do comitê requer observação e análise. “É uma torcida para que ela não se espalhe em nosso meio. Se os números estiverem adequado, queremos avançar na flexibilização para o ensino médio. Vai depender do cenário de agosto”, disse.
O encontro entre os membros do comitê está previsto para às 16h.