A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de Contagem, em articulação com a Secretária Municipal de Saúde, confeccionou a tradução do card de vacinação com o objetivo de diminuir os obstáculos ocasionados pelo idioma. A ideia é aumentar o acesso à informação sobre a vacina contra a Covid-19 aos migrantes. Com a medida, as secretarias visam alcançar um número significativo de migrantes e refugiados que já podem ser imunizados, mas ainda não foram até os postos de vacinação.
Angetona Dorgilus, natural do Haiti e moradora de Contagem há sete anos, tomou a segunda dose da vacina na UBS Eldorado e deixou seu recado para a população migrante. “Você, migrante, vacine-se e proteja-se desta doença. Para se vacinar com a primeira dose é preciso que você ainda não tenha sido vacinado contra a Covid-19, não tenha recebido qualquer outra vacina nos últimos 14 dias e não tenha tido os sintomas de Covid-19 nos últimos 30 dias”, orientou.
“Verifique se já estão vacinando pessoas da sua idade e vá até um local de vacinação mais próximo da sua casa. E não se esqueça de voltar para tomar a segunda dose. Vacinar é um gesto de amor por você e por aqueles que você ama!”, complementou.
A haitiana está trabalhando no Comitê da Implementação de Políticas Públicas voltada à população migrante de Contagem, é militante das causas dos Direitos Humanos, cantora, atriz, produtora, assistente social e coordenadora do Coletivo Cio da Terra.
‘Vacina é esperança’
Já Nazaré Santos, gerente da UBS Eldorado, falou de esperança em dias melhores. “Angetona veio hoje vacinar a segunda dose. Quem é migrante, deve fazer como ela, vir vacinar, de acordo com a faixa etária, sem medo. A vacina é esperança, vida e vitória para nós!”, incentivou.