Covid-19: Última fase da vacina da UFMG deve começar em 2022

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Universidade está desenvolvendo vacina própria e resultados são promissores (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) espera iniciar a última fase de testes da vacina contra a Covid-19 no primeiro semestre do ano que vem. Os estudos clínicos das fases 1 e 2 foram assegurados nesta quinta-feira (27), após o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) assinar um convênio autorizando o repasse de R$ 30 milhões para a instituição.

A coordenadora do Centro de Tecnologias em Vacinas da UFMG, professora Ana Paula Fernandes, disse em entrevista ao BHAZ estar esperançosa com a vacina. “Fizemos vários testes em modelos animais que se mostraram muito promissores, o que indica que esta vacina pode ser testada em humanos nas fases 1 e 2”, afirmou.

O valor repassado pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) será, segundo Fernandes, “fundamental para os testes clínicos em humanos”. “O recurso vindo da prefeitura tem este objetivo, pois antes contávamos com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia. Agora é fundamental para iniciarmos os testes clínicos em humanos”, disse a coordenadora.

O andamento da pesquisa visa colocar o imunizante à disposição da população – o que não deve demorar muito. Indagada sobre quando isso poderá acontecer, a professora se mostrou esperançosa. “A gente espera conseguir desenvolver a fase 3 no primeiro semestre do ano que vem”, disse. A fase 3 é a última etapa e tem o objetivo testar a segurança e eficácia do imunizante no público-alvo.

Importância

O desenvolvimento de uma vacina própria é de suma importância para garantir a imunização em BH e isso foi citado por Kalil durante a assinatura do convênio. “Parece que ninguém está notando, mas a vacina pode ser anual como era a influenza, a da gripe. Parece que estão achando que vamos ter vacinação uma vez só e acabou o assunto”, disse.

Ana Paula Fernandes destacou que a vacina da UFMG tende a ser utilizada em duas frentes. “Poderá ser de reforço anual, pois certamente teremos que continuar vacinando a população, e atender a faixa etária de adolescentes e crianças que ainda não foram atendidas”, explicou.

“É benéfico termos uma vacina barata, eficaz e de longo prazo que poderá ser produzida por vários anos”, concluiu a coordenadora do Centro de Tecnologias em Vacinas.

Edição: Giovanna Fávero
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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