Crianças e adolescentes poderão se vacinar contra a gripe em BH a partir de segunda

Vacinação gripe
Vacinação contra a gripe acontece simultaneamente à da Covid-19 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) vai vacinar crianças e adolescentes de 6 a 12 anos contra a gripe, a partir desta segunda-feira (12). A ampliação da Campanha de Vacinação contra a Gripe segue as orientações do Ministério da Saúde. O chamamento para outras faixas etárias será de forma gradativa e condicionado ao recebimento de doses.

A prioridade para crianças e adolescentes ocorre diante do retorno das aulas presenciais. Na capital mineira, as aulas voltaram no começo de maio para o ensino infantil, e no final de junho para o ensino fundamental. Em outros pontos do país, as escolas também voltaram parcialmente com as atividades presenciais.

Levantamento da capital ainda mostra que a vacinação contra a gripe não atingiu o número de pessoas esperado. Segundo os dados, até 7 de julho, a cobertura vacinal contra a gripe atingiu 53,5% de todos os grupos contemplados nas três etapas da campanha, que totalizam cerca de 1,120 milhão de pessoas. A cobertura indicada para garantir proteção de toda população é de 90%.

Para ampliar o acesso e evitar aglomerações, o público de 6 a 12 anos, as pessoas com comorbidades acima de 12 anos e os idosos podem receber a dose em unidades da Droga Clara e Drogaria Araújo, além dos centros de saúde. Para serem vacinadas, as pessoas com comorbidades devem apresentar laudo, atestado ou exames. As crianças a partir de 6 meses com comorbidades podem se vacinar apenas nos centros de saúde.

Nas drogarias são distribuídas senhas, sendo uma por usuário. O horário é das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados o horário será das 8h às 12h. Os endereços estão disponíveis no portal da Prefeitura. Já os centros de saúde e os horários de funcionamento podem ser verificados neste link.

Todos os grupos já contemplados ainda podem comparecer aos locais de vacinação.

Grupos já contemplados

A primeira fase da campanha teve início no dia 12 de abril com a convocação de crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias, gestantes, puérperas e trabalhadores da saúde. Já a segunda fase, iniciada em 11 de maio, foi destinada aos idosos com 60 anos ou mais e professores.

A terceira e última fase, iniciada em 9 de junho, contemplava pessoas com comorbidades – incluindo os hipertensos leves –, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança, de salvamento e armadas, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros, trabalhadores portuários, funcionários de prisões e unidades de internação, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em unidades de internação e população privada de liberdade.

E se vacinei contra Covid?

Como a vacinação contra a gripe e a Covid estão acontecendo simultaneamente, por medida de segurança, pessoas que receberam a vacina contra o novo coronavírus precisam respeitar um intervalo mínimo para tomar a dose contra a influenza.

Segundo Nota Técnica do Ministério da Saúde, para receber a vacina contra a gripe é necessário aguardar o intervalo mínimo de 14 dias após receber a imunização contra a Covid-19. A pasta ainda orienta que as pessoas que estiverem nos grupos prioritários procurem se vacinar antes contra a Covid-19.

Gripe x Covid-19

Em entrevista concedida ao programa de rádio Saúde com ciência, o médico e professor da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Ênio Pietra Pedroso, do Departamento de Clínica Médica, explicou sobre a necessidade de vacinação contra a influenza e como a imunização contra gripe pode reduzir pressão sobre o SUS.

De acordo com o médico, a gripe é uma infecção viral do aparelho respiratório provocada pelo vírus influenza, que ataca os pulmões, o nariz e a garganta. A exemplo da infecção causada pelo novo coronavírus, os sintomas incluem febre, calafrios, tosse, dores de cabeça e fadiga. Por isso, as doenças podem ser facilmente confundidas.

O que se sabe até o momento é que a prevenção contra o influenza durante esse período de alto contágio pela Covid-19 ajuda a diferenciar o diagnóstico das duas doenças. Descartando a gripe nas pessoas imunizadas contra a influenza, fica mais fácil diagnosticar as duas doenças, diminuindo assim a pressão sobre as unidades de saúde.

Com PBH e UFMG

Edição: Roberth Costa

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