Criminosos se passam por assessores de candidato à PBH para clonar WhatsApp

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Criminosos se passam por assessores parlamentares para clonar WhatsApp (Pablo Valadares/Câmara dos Deputados + Reprodução/Pixabay)

Criminosos estão se passando por assessores do deputado federal e candidato à PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), Lafayette de Andrada, na tentativa de clonar o WhatsApp das vítimas. O postulante ao cargo de chefe do Executivo municipal lamenta o incidente e repudia o ato. A Polícia Civil, por sua vez, dá orientações para que a população não caia em golpes como este.

A reportagem do BHAZ recebeu, na manhã desta terça-feira (27), a ligação de um homem que se passava por assessor de Lafayette de Andrada. A pessoa dizia se chamar Daniel e convidava a imprensa para um evento que seria realizado no próximo dia 7 de novembro. Após solicitar email para envio do convite, o criminoso informou que um código havia sido enviado para “liberação da credencial”.

Os números enviados eram, na verdade, o código de verificação do WhatsApp. O objetivo dos criminosos era acessar os dados e, possivelmente, praticar estelionato com os contatos. Apesar da tentativa, o golpe não se concretizou, visto que o aplicativo estava com a “confirmação em duas etapas” habilitada.

Repúdio e lamentação

Lafayette de Andrada informou, por meio de nota, que o nome da assessoria dele está sendo utilizada “falsamente”. “Trata-se de um golpe para convencimento de terceiros a acessarem um link que pode causar vazamento de dados de contas de WhatsApp”, afirma em um dos trechos.

O postulante esclareceu que na equipe de assessores não há “ninguém com o nome de Daniel, o qual tem se passado por um de seus colaboradores para estreitar o relacionamento com a imprensa”. A realização de “recepção de jornalistas, apoiadores e demais envolvidos na campanha” no dia 7 de novembro também foi desmentido.

“Lafayette repudia tal ato e lamenta o incidente. Finaliza confirmando que todo seu relacionamento com a imprensa está sendo alinhado pela equipe da Naves Coelho Comunicação. Quaisquer informações não tratadas pela referida equipe ou através de suas redes sociais oficiais não passam de fraudes”, alertou o parlamentar.

Orientações

Procurada pelo BHAZ, a Polícia Civil informou que, na base de dados do Reds (Registro de Eventos de Defesa Social,) não há “natureza ou filtro que identifica ‘clonagem de WhatsApp'”. “Esse crime pode ser configurado como estelionato, fraude, falsificação, entre outros”, afirmou em nota.

A corporação alerta a população com dicas sobre crimes em uma cartilha de prevenção contra golpes. No documento, são listados 16 tipos, dentre eles os golpes de clonagem de WhatsApp. A orientação da Polícia Civil é que os usuários habilitem a “confirmação em duas etapas” no WhatsApp. Para isso é preciso fazer o seguinte:

  • Ir em “Configuraçoes/Ajustes”
  • Clicar em “Conta”
  • Depois em “Confirmação em duas etapas”

Outra dica é não enviar o código de seis números para qualquer pessoas. Se a pessoa tiver sido vítima do golpe, ela deve enviar email para [email protected] solicitando a desativação temporária da conta do WhatsApp. A cartilha pode ser vista clicando aqui.

Nota de Lafayette na íntegra

O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, Lafayette Andrada, comunica que estão utilizando o nome de sua assessoria falsamente. Trata-se de um golpe para convencimento de terceiros a acessarem um link que pode causar vazamento de dados de contas de WhatsApp.

Lafayette comunica que não consta em sua equipe de assessores ninguém com o nome “Daniel”, o qual tem se passado por um de seus colaboradores para estreitar o relacionamento com a imprensa. O candidato esclarece também que é falsa a notícia de realização de qualquer evento no dia 7 de novembro para recepção de jornalistas, apoiadores e demais envolvidos na campanha e que não enviou convite para tal finalidade.

Lafayette repudia tal ato e lamenta o incidente. Finaliza confirmando que todo seu relacionamento com a imprensa está sendo alinhado pela equipe da Naves Coelho Comunicação. Quaisquer informações não tratadas pela referida equipe ou através de suas redes sociais oficiais não passam de fraudes”.

Edição: Aline Diniz
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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