Cura 2020: Representatividade preta e indígena trazem mais cor a BH

paineis cura 2020
(Moises Teodoro/BHAZ + Reprodução/Instagram/@daiaratukano)

Um dos maiores festivais de arte pública de Minas Gerais, o Cura (Circuito Urbano de Arte), traz para Belo Horizonte, neste ano, artes carregadas de representatividade para colorir ainda mais a capital. Ao todo, quatro novas pinturas gigantescas estão sendo adicionadas ao conjunto artístico urbano da cidade. Na quinta edição, por conta da pandemia de Covid-19, os debates e oficinas ocorrem virtualmente.

Outra novidade dessa edição do Cura foi a seleção on-line feita para que algum artista residente no Brasil tivesse a oportunidade de pintar a fachada de um dos prédios do Centro. Mesmo em meio à pandemia, as cinco produtoras do festival conseguiram mobilizar as atividades, sempre levando adiante, nas redes sociais, o lema “2020 tem CURA”.

Os artistas que compuseram o time de pinturas nas empenas dos prédios belo-horizontinos foram Lídia Viber, Robinho Santana, Daiara Tiukano e o escolhido da seleção feita pelo Cura, Diego Mouro.

Trabalhos

Diego Mouro convidou internautas, por meio das redes sociais, para contribuir com o trabalho dele, perguntando “quais afetos pretos te transformam?”, e os nomes enviados deram início à obra.

O artista de São Paulo vem pintando por cima dos nomes, e a obra ainda está em andamento. Porém, ela já pode ser vista no Edifício Almeida, localizado na avenida Santos Dumont.

Daiara Tukano deu início ao painel dela no dia 25 de setembro e resolveu criar um manifesto aos povos indígenas de todo o mundo. A pintura da ativista dos direitos indígenas e também paulista já pode ser vista na avenida Amazonas, no Edifício Levy.

No quarto dia do festival Cura, a obra do artista Robinho Santana começou a fazer parte de uma das empenas de Belo Horizonte, no Edifício Itamaraty, da rua Tupis.

O mural em processo do artista visual nascido em Diadema, São Paulo, é marcado por aquilo que ele gosta de trazer em seus trabalhos: representação da mulher e do homem negros periféricos, tornando-os protagonistas.

A artista mineira Lídia Viber está representando Belo Horizonte por meio do graffiti em sua obra no Edifício Cartacho, na rua Caetés. Ainda em processo, é possível apreciar o trabalho de Lídia, artista autodidata, que procura criar personagens jovens e misteriosas, que transmitem dureza e delicadeza.

O festival Cura vai até o dia 4 de outubro, e além das obras artísticas públicas, que podem ser admiradas em um passeio seguro pelas ruas da capital, o circuito conta com uma programação recheada em seu canal do YouTube.

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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