Debate na Fiemg tem duelo entre esquerda e direita e ataques a Kalil

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Debate teve a participação de dez candidatos (Divulgação/Fiemg)

Candidatos à PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) participaram de debate, na noite dessa quinta-feira (5), promovido pela Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), no Teatro Sesi Minas, no bairro Santa Efigênia, na região Central da cidade. O tema do encontro foi Desenvolvimento Econômico, sendo o foco a geração de emprego e renda.

Dos 15 postulantes ao cargo de chefe do Executivo municipal, dez participaram. O atual prefeito e candidato à reeleição, Alexandre Kalil (PSD), foi uma das ausências no debate e não apresentou justificativa, conforme informou a organização. O evento contou com os participantes:

  • Áurea Carolina (PSOL)
  • Bruno Engler (PRTB)
  • Cabo Xavier (PMB)
  • Lafayette Andrada (Republicanos)
  • Luísa Barreto (PSDB)
  • Marcelo Souza e Silva (Patriota)
  • Professor Wendel (Solidariedade)
  • Rodrigo Paiva (Novo)
  • Wanderson Rocha (PSTU)
  • Wadson Ribeiro (PCdoB)

Além de Kalil, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania) não compareceu. A assessoria comunicou que ele já estava com compromisso agendado. Fabiano Cazeca (PROS) se recupera da Covid-19 e foi outra ausência. Os candidatos Marília Domingues (PCO) e Nilmário Miranda (PT) faltaram e não justificaram.

Comércio em horário integral

Em um dos blocos do debate, os candidatos responderam perguntas enviadas por jornalistas e representantes sindicais e empresariais. Ao ser indagado sobre como manter o estímulo ao consumo pelas famílias que vão deixar de receber o Auxílio Emergencial, o deputado estadual Bruno Engler (PRTB) defendeu a volta do comércio “em horário integral”.

“O melhor programa social é o emprego e precisamos estimular isso. Vamos instituir a volta integral do comércio. Vamos conversar com representantes das mais de 12 mil empresas fechadas para ver quais incentivos a prefeitura pode dar para que elas possam voltar a funcionar e gerar emprego e renda”, disse.

O deputado federal Lafayette Andrada acredita que a prefeitura tem uma “conta a pagar” com a cidade devido ao isolamento social decretado no início da pandemia. “Foi razoável fechar a cidade, mas depois abriu shopping popular, que tem corredor estreito, e não abriu os demais. Critico a falta de coerência na condução da pandemia e isso acarretou o desastre no comércio e serviços que tiveram que fechar. A retomada da economia será o grande desafio”.

A concorrente do PSDB, Luísa Barreto, também seguiu a linha de atacar o atual prefeito, Alexandre Kalil. “Temos uma prefeitura que maltratou quem empreende em Belo Horizonte durante a pandemia, trazendo reflexos para toda a sociedade. São 35 mil empregos perdidos na cidade este ano, é uma situação que precisa ser revertida e ela só pode ser revertida por uma prefeitura que dialogue e faça mudanças que de fato permitam mais liberdade para empreender na nossa cidade”, afirmou.

Direita x esquerda

Ao ser indagada sobre o motivo de ser contrária ao armamento da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte, a deputada federal Áurea Carolina (PSOL) destacou o papel dela na capital. “A guarda é importantíssima e precisa ter parcerias com a população para prevenção da vida. BH investe muito em armamento, em um modelo fracassado de repressão que não resolve, e investe pouco na prevenção. Precisamos inverter a lógica”.

A candidata se propôs a realizar o “desarmamento gradativo”. Autor da pergunta à Áurea, Engler afirmou que armar a guarda é necessário, visto que, segundo o próprio, vai proporcionar mais sensação de segurança na cidade e consequentemente proporcionará o desenvolvimento econômico e, logo, a geração de emprego e renda.

“O pessoal da esquerda tem mentalidade de não confiar no agente de segurança pública. De achar que eles são truculentos e que não têm condição de usar uma arma de fogo… No meu governo, a guarda não vai ser usada para fechar comércio no domingo, nem prender quem vende espetinho na rua, mas para combater a criminalidade. Você não combate crime com flores”, disse.

Mais debate

Um novo debate será realizado pela Fiemg e acontecerá na próxima quinta-feira (12). Na oportunidade, o tema será Infraestrutura – mobilidade, tecnologia e segurança.

Edição: Thiago Ricci
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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