Discussão no Mercado Central entre trans e vendedor termina em agressão

Envolvidos na discussão foram parar na delegacia
Envolvidos na discussão foram parar na delegacia (WhatsApp/Reprodução))

Uma discussão terminou com agressões no Mercado Central de Belo Horizonte nessa terça-feira (16). Os envolvidos são uma transexual, o namorado dela e a mãe, além do proprietário e um funcionário de uma loja de produtos artesanais.

De acordo com a PM (Polícia Militar), a trans relatou que passava pelo corredor quando o funcionário da loja foi retirar um balaio que estava pendurado no alto. O homem, segundo ela, teria a tratado com preconceito devido à orientação sexual.

O funcionário negou a versão e disse que havia pedido para que eles aguardassem, enquanto retirava o objeto. Ele justificou que o objeto poderia cair e ferir um dos clientes. Apesar disso, conforme relato dele, a trans ficou nervosa e começou a discussão.

A trans relatou que o funcionário da loja pegou uma faca dando a entender que iria acertá-la, assim como as pessoas que estavam com ela. Diante disso, ela gritou chamando os seguranças.

O rapaz que trabalha na loja nega ter apontado a faca e a versão dele é confirmada pelo proprietário do estabelecimento.

Agressões

Após a chegada dos seguranças do Mercado, o clima teria ficado tenso, pois, segundo a transexual, ela foi agredida com golpes de cassetete, enquanto era levada para fora do local.

Ao militares, ela disse que foi xingada e mostrou hematomas nas pernas que teriam sido provocados pelos golpes dados pelos seguranças.

Por sua vez, os seguranças alegaram que a trans cuspiu neles, no momento em que eles a retiraram do local da confusão. Segundo os funcionários, foi feito um pedido para que ela não tivesse esse tipo de atitude por causa da Covid-19.

Mesmo com o pedido, conforme o registro da ocorrência, a trans cuspiu mais uma vez e, junto com o namorado começou a agredi-los. Os funcionários da vigilância afirmaram que se defenderam, mas destacaram que a transexual deu tapas e arranhões nela mesmo.

Os envolvidos foram encaminhados à delegacia para prestarem depoimento. Procurada pelo BHAZ, a administração do Mercado Central negou que houve preconceito dos seguranças com os clientes e informou ter disponibilizado imagens do circuito de segurança para a polícia.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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