O empresário Ricardo Nunes, proprietário da rede varejista Ricardo Eletro, teve os bens pessoais penhorados pela Justiça de São Paulo. Dentre os objetos levados por um oficial, consta um piano de cauda que custa aproximadamente R$ 180 mil. O valor será utilizado para pagar uma dívida de R$ 61,2 milhões com a Rede Globo. As informações foram divulgadas na coluna do jornalista Rogério Gentile, do Uol.
Nunes é alvo de processo da emissora por ter sido avalista de sete notas promissórias emitidas em 2017. Além do instrumento, também foram levados uma televisão de 75 polegadas, três aparelhos de ar-condicionado, duas estátuas de decoração, dois quadros e um móvel de madeira rústica, o que totalizou R$ 213 mil.
Segundo o colunista, os advogados de Nunes querem que os objetos sejam leiloados, mas ainda não houve decisão judicial. Ele ainda pode recorrer na Jusriça e recuperar os bens.
Em entrevista ao Gentile no ano passado, o empresário disse que a empresa passa por dificuldades econômicas por conta da pandemia, mas garantiu que “vai pagar tudo direito”.
Prisão e polêmicas
Em julho de 2020, Ricardo Nunes foi preso em São Paulo por suspeita de crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais, mas foi solto no dia seguinte. Além dele, outras duas pessoas foram alvos de mandados de prisão (veja aqui).
Já em novembro do ano passado, o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) denunciou o empresário à Justiça pelo crime de apropriação indébita tributária. Junto com outro sócio da empresa, Nunes foi acusado de ter se apropriado de cerca de R$ 14 milhões em ICMS. O tributo teria sido cobrado dos consumidores e não repassado ao Estado de Minas Gerais, no período compreendido entre 2012 e 2017 (veja aqui).
