Duda Reis chora ao relembrar ameaças de Nego do Borel; cantor nega

Estupro de vulnerável, violência doméstica, ameaça. Essas são alguma das acusações na polícia contra Nego do Borel, que nega tudo. Duda Reis realizou registro de ocorrência em São Paulo e a Justiça determinou medidas protetivas – o cantor não pode, por exemplo, aproximar-se mais da atriz e da família dela. Mais outros dois registros foram abertos pela própria polícia, com base nas informações publicadas na internet.

Duda Reis, 19, influenciadora digital com milhões de seguidores, passou a revelar, depois do término do noivado com Nego do Borel, 28, e um relacionamento de mais de dois anos, as agressões e ameaças que sofria do cantor. Ela também falou das traições; na época, ela era chamada de “maluca” pelo namorado quando expressava sua desconfiança. Na semana passada, ele confirmou publicamente que traía Duda. Depois da repercussão negativa do caso, ele apelou para discurso religioso.

O Fantástico conversou com o cantor; a atriz, Duda; e a ex-namorada do funkeiro, Swellen Sauer, que já tinha acusado Nego do Borel de traição, agressividade e violência – inclusive um soco na costela durante o seu horário de trabalho. No texto publicado por ela em rede social, a assessora contou que Leno Maycon quebrava objetos até mesmo na presença da própria mãe: “Isso não era só comigo. Era com a mãe também”.

Precisou de remédios

Na entrevista em rede nacional, Duda contou mais sobre o caso e disse que passou a tomar remédios, prescritos por psiquiatra, depois de ter sido diagnosticada com depressão, síndrome do pânico, bulimia e anorexia. Quando ela estava dopada, ela afirma que ex-namorado tinha relações sem consentimento com ela. Vídeos na internet inclusive mostram situações em que os dois estão na cama e a atriz está praticamente desacordada.

“Eu não tinha consciência. Às vezes a gente acha que estupro é a pessoa te pegar e ir te arrastando, pegar uma pessoa desconhecida na rua, mas não, o ‘não’ é ‘não’, e quando eu tive essa consciência eu fiquei muito mal. Como eu passei, me submeti a muitas coisas. E quieta. Isso que é pior.” disse, emocionada.

Faca na mão

Duda também contou de um episódio em que Nego do Borel recebeu ela em casa segurando uma faca na mão, depois de ter ficado insatisfeito com a ida dela ao carnaval: “Ele queria que eu fosse embora logo. Pedia para as pessoas para ficar me espionando. Quando eu cheguei lá ele estava me esperando, na cozinha, segurando uma faca, muito fora de si. Eu fiquei com muito medo nesse dia”.

“As agressões eram contantes, principalmente as verbais. Vai tomar… Vai se… Vagabun… Era confuso. Porque ao mesmo tempo que ele gostava da minha pessoa magra, ele criticava: ‘Nossa, olha aquela mulher ali, que corpão’. Eu me sentia muito mal, era uma violência muito silenciosa, mexia muito com a minha autoestima.”

Nego do Borel nega

Nego do Borel negou a acusação de estupro e o episódio da faca. Também disse que nunca a diminuía como mulher: “Eu sempre falava: ‘Amor, olha só, você é linda. Você… é bonita”. “É mentira da Duda”.

“Ele vinha em cima de mim, quebrava as coisa da casa quando ficava nervoso e falava: ‘Eu tô quebrando pra não quebrar você. Teve um episódio que ele conseguiu quebrar uma porta no meio dando cabeçada. Pra não me quebrar”.

Em texto, na semana passada, Swellen também comentou de episódios parecidos durante o seu relacionamento com o Leno, quando o cantor ainda estava em ascensão e a assessora o auxiliava para crescer no meio artístico. “Ele me chamava de maluca por tudo! Mas naquela época ele me deixou literalmente doente. Comecei a tomar rivotril pra conseguir dormir”, disse.

No mesmo texto, também afirmou que Leno criticava o seu corpo constantemente e que ele quebrava coisas quando ficava nervoso, inclusive com a mãe. Ao Fantástico, ela também falou que já houve episódio que ele foi contrariado e batia a cabeça em placa de rua. “As pessoas duvidam muito da gente. Aí eu entendo porque muitas vezes a gente não fala”, disse chorando.

Pais

Os pais de Duda vinham aparecendo com frequência nas redes sociais este ano para denunciar atitudes de Nego do Borel contra a filha, inclusive agressão, que foi desmentida por Duda na época. “Eu era incentiva”, disse a atriz.

O pai, em entrevista, desabafou: “Um dos momentos mais dolorosos foi quando ela nos desmentiu nas redes sociais. E ela faz uma declaração de que ela não tinha sido agredida e quando eu via aquilo que tinha certeza convicta de que não era a minha filha falando”. Duda afirmou que Borel a coagiu a gravar esse vídeo,

“Ele na minha frente, em gritos, me mandando gravar para eu cuidar da minha família, se eu quisesse a minha família viva, eu teria que gravar o vídeo. Ele sempre reforçou que eu era só dele e de mais ninguém. Então eu comecei a perder o vínculo com as pessoas que eu amava, principalmente a minha família, que o que eu me arrependo muito”.Como todo o resto das declarações, Nego do Borel negou: “Eu não fiz isso “.

Polícia

Nego do Borel e Duda Reis procuraram a polícia na semana passada. Ele fez um registro de ocorrência contra ela por injúria, calúnia e difamação, enquanto contra ele há três registros abertos. Um feito por Duda, acusando-o de lesão corporal, estupro de vulnerável, ameaça, injúria e violência doméstica, além de outros dois boletins abertos pela própria polícia de atendimento à mulher do Rio. O caso está em investigação.

“Muitas mulheres tão me mandando mensagem: Por causa de você eu resolvi denunciar. E é isso. É sobre isso. Quando uma mulher tá ferida a outra não tá bem. Impossível você ver uma mulher ferida e você ficar bem com isso”, finalizou Duda.

Crime sexual

O crime de estupro é previsto no art. 213, e consiste em “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. Mesmo que não exista a conjunção carnal, o criminoso pode ser condenado a uma pena de reclusão de seis a 10 anos.

O art. 217A prevê o crime de estupro de vulnerável, configurado quando a vítima tem menos de 14 anos ou, “por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”. A pena varia de 8 a 15 anos.

Edição: Vitor Fernandes

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